segunda-feira, 21 de abril de 2008

Banhos Ritualistico

Os banhos ritualísticos de uma maneira geral, são rituais, onde utilizamos determinados elementos da natureza, de maneira ordenada e com conhecimento de causa, com o intuito de troca energética entre o indivíduo e a natureza, afim de fornecer-lhe equilíbrio energético e mental. Estes banhos prestam-se para limpar as energias negativas, livrar as pessoas de influências negativas, reequilibrar a pessoa, aumentar a capacidade receptiva do aparelho mediúnico, já que os chacras serão desobstruídos, enfim, tem grande importância na manutenção dos corpos. Embora o banho utiliza-se de elementos materiais, que serão jogados sobre o corpo físico, a contraparte etérica será depositada sobre os chacras, corpo astral e aura que receberão diretamente o prana ou éter vital, bem como a parte astral dos elementos densos. Não somente os médiuns ativos na Umbanda devem tomar determinados banhos, mas todos nós, em geral, podemos usá-los. Temos algumas categorias de banhos : a) Banhos de Descarregob) Banhos de Defesac) Banhos de Energizaçãod) Banhos de Fixação a) Banhos de Descarrego Esta categoria de banho, conhecido também como banho de descarga ou desimpregnação energética é o mais comum e mais conhecido. Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todo este egrégora formado por pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e todo a sorte de vírus espirituais que vão se aderindo ao aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando neste egrégora. Se não nos cuidarmos, vamos adquirindo doenças, distúrbios e podemos até sermos obsediados. Há dois tipos de banhos de descarrego : a1) Banho de Sal Grossoa2) Banho de Descarrego com Ervas a 1) Banho de Sal Grosso Este é o banho mais comumente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência. O elemento principal que é o sal grosso, é excelente condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos eletricamente carregados de carga negativa, que chamamos de íons. Como, em tudo há a sua contraparte etérica, a função do sal é também tirar energias negativas aderidas no aura de uma pessoa. Então este banho é eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal, “lava” todo o aura, desmagnetizando-o negativamente. O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se de uma mistura de um punhado de sal grosso, em água morna ou fria. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronal e frontal). O porquê de não poder lavar os chacras superiores, está ligado ao fato de serem estes chacras ligados à coroa da pessoa, tendo que ser muito bem cuidada, já que é o elo de ligação, através da mediunidade, entre a pessoa e o plano astral superior. Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos (uns 3 minutos) e enxugar-se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade. Algumas pessoas, neste banho, pisam sobre carvão vegetal ou mineral, já que eles absorverão a carga negativa. Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é, depois do banho de descarrego, faz-se necessário tomar um outro banho ritualístico, já que além das energias negativas, também descarregou-se as energias positivas, ficando a pessoa desenergizada, que só é conseguido com outro tipo de banho. Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (do tipo todos os dias ou uma vez por semana), pois ele realmente tira a energia do aura, deixando-o muito vulnerável. Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso. a2) Banho de Descarrego com Ervas Este banho é mais complexo e menos conhecido do que o de sal grosso. A função deste banho é a mesma que a do sal grosso, só que tem efeito mais duradouro e conseqüências maiores. Quando uma pessoa está ligada à uma obsessão e larvas astrais estão ligadas a ela, faz-se necessário um tratamento mais eficaz. Determinadas ervas, são naturalmente descarregadoras e sacodem energeticamente o aura de uma pessoa, eliminando grande parte das larvas astrais e miasmas. Algumas ervas que são muito boas para este banho : arruda, guiné, espada de São Jorge, aroeira, folhas de fumo, etc. b) Banho de Defesa Este banho serve de manutenção energética dos chacras, impedindo que eles se impregnem de energias nocivas em determinados rituais. Por exemplo, quando vamos realizar alguma oferenda numa cachoeira, é importante que nos “fechemos” para determinadas vibrações que podem estar abundantes num sítio energético, já que além de nós, todo o tipo de pessoa vai até estes lugares para pedidos escusos, com entregas “pesadas”. Usamos, também, quando vamos conhecer um outro terreiro e não sabemos se ele é ou não idôneo, pois, infelizmente, ainda existem aqueles que usam o nome da Umbanda para comercializar a fé alheia. Quando vamos num sítio energético para determinados rituais com ou sem incorporação, enfim, “fechamos” os nossos chacras. Até mesmo para nos prevenirmos para os trabalhos com os Exus Guardiões, já que todo o tipo de problemas e situações estarão presentes na assistência. As ervas para estes banhos, podem ser aquelas relacionadas ao próprio Orixá regente da pessoa, ou aquelas que uma entidade receitar. c) Banho de Energização Após tomarmos um banho de descarrego, é importante que restabelecemos o equilíbrio energético, através de um banho de energização. Este banho reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo do aura. É um banho que devemos usar quando vamos trabalhar normalmente em giras de direita, ou mesmo, após uma gira em que o ambiente ficou carregado. Também, podemos usá-lo regularmente, independente se somos ou não médiuns. Um bom e simples banho : pétalas de rosas brancas ou amarelas, alfazema e alecrim. d) Banho de Fixação Este banho é usado para trabalhos ritualísticos e fechados ao público, onde se prestará a trabalhos de magia, iniciação ou consagração. Este banho é realizado apenas por quem é médium e irá realizar um trabalho aprofundado, onde tomará contato mais direto com as entidades elevadas. Este banho “abre” todos os chacras e a percepção mediúnica fica aguçadíssima. As ervas utilizadas para este tipo de banho estão diretamente relacionadas ao Orixá regente do médium e à entidade atuante. São assim receitados apenas por um verdadeiro chefe de terreiro ou médium-magista ou pela própria entidade. PREPARAÇÃO DOS BANHOS Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com alguns detalhes : · A colheita deve ser feita em fases lunares positivas, devido a abundância de prana. · Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre Oxossi e Ossaim que é responsável pelas folhas (no Candomblé é um Orixá, mas considero-o como um ser encantado, com responsabilidades e atuações limitadas). · Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo. · Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas. · Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e raízes para os banhos, embora dificilmente usamos as raízes de uma planta, pois estaríamos matando-a · Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes · Lavar as ervas em água limpa e corrente · Os banhos ritualísticos, devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho · A quantidade de ervas, que irão compor o banho , são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas diferentes e afins com o tipo de banho. Por exemplo, num banho de defesa, usamos três tipode de ervas (guiné, arruda e alecrim). · Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito. · Alguns banhos, são feitos com água fria e as plantas são masceradas com as próprias mãos e só depois, se for o caso, adicionar um pouco de água quente, para suportar a temperatura da água. · Banhos feitos com água quente, devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns 10 minutos antes de usar. Alguns dizem que a água quente não é eficiente para um banho, mas esquecem que o elemento Fogo, também faz parte dos rituais de Umbanda. A água aquecida “agita” a mistura, liberando o prana das ervas. · Acender uma vela para o anjo de guarda e manter-se em oração e concentração, já que se está realizando um ritual. · Os banhos devem não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidades prescrever (normalmente um exu). · Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte ou todo o banho. · Embora todo o corpo será banhado, a parte da frente do corpo é que devemos dar maior atenção, já que estão as “portas” dos chacras, além da parte frontal possuir uma maior polaridade positiva, que tem propriedades elétricas de atrair as energias negativas e que são eliminadas com o banho, recebendo carga positiva e aceleradora. · Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Aquilo que ficou sobre o nosso corpo, nós retiramos e juntamos com o que ficou no chão. Colocamos tudo num saco plástico e despachamos aquilo que é biodegradável, em água corrente.

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