sábado, 14 de junho de 2008

Os Rituais da Umbanda

Há tipos de rituais confundidos com a Umbanda que vão desde a pajelança, um tipo de xamanismo brasileiro em que o pajé incorpora em transe ritual com beberagem de ervas; o tambor de mina, em que se misturam cultos de diversas nações africanas com a pajelança para dar passagem às entidades de cura e para “tirar” feitiço; o catimbó, em que a fumaça da queima de certas folhas oferece êxtase, dando poderes “sobrenaturais” ao pajé e colocando-o em comunicação com os espíritos; o ritual de jurema, em que os “juremeiros” manifestam índios ousados, violentos e ardilosos ostentando enfeites de penas, cocares, tacapes, arcos-e-flechas, dançando em rito exterior que arrebata as populações carentes de assistência social e à saúde, com suas ervas e raízes curativas apresentando proezas fenomênicas entre fogo, brasa e cacos de vidros; bem como os rituais africanistas descaracterizados das matrizes ancestrais das antigas nações.Afirmamos que nada disso é umbanda, enquanto movimento plasmado pelo Cristo Cósmico, que se irradia para a crosta terrícola do Astral superior. Umbanda é uma verdade que independe da vontade e das suscetibilidades feridas de lideranças sacerdotais que conspurcam seu nome sagrado com práticas que não são condizentes com a caridade referendada no Evangelho de Jesus.Por outro lado, existem variados ritos, usos e costumes na umbanda; alguns um tanto fetichistas, outros um pouco distorcidos: aqui um grito exagerado, ali uma apoteose dispensável, acolá um médium envaidecido com o guia “infalível”, o consulente desejoso do milagre em seu favor, doa a quem doer. O hábil jardineiro do tempo extrai delicadamente os espinhos para não ferir as mãos. Nem tudo são belas e perfumadas rosas no jardim dos orixás. No atual movimento umbandista, isso é explicável pelo fato de não haver uma padronização ritualística ou codificação, o que, por sua vez, acaba “enxotando” os dogmas, tomando o movimento dinâmico e sempre evoluindo, como tudo no Cosmo. Oxalá e seus ditames prevêem o equilíbrio nessa diversidade. É oportuno registrar que os costumes africanistas tribais de religiosidade ancestral aportaram no Brasil com acentuadas distorções de suas práticas originais. Já eram atacados pela Inquisição antes de as levas de escravos capturados serem jogadas nos fétidos porões das naus portuguesas. Via de regra, isso foi intensificado aqui pela continuidade da opressão do clero, que redundou em várias outras adaptações, com raras exceções que conseguiram manter os ritos primários incólumes. Impôs-se uma necessidade de sobrevivência da população negra explorada, “liberta” com a Lei Áurea, que ficou excluída do contexto social e entregue à própria sorte, sem nenhum apoio do Estado monárquico, que se curvava ao controle de um catolicismo arcaico e perseguidor (ambos se beneficiaram da pujança econômica oferecida pelo braço escravo). Finalmente livres, os negros se viram sem as moedas dos patrões que os alimentavam, sem o mínimo para a manutenção de suas vidas. Foram, circunstancialmente, “obrigados” a cobrar pela magia curativa que faziam gratuitamente aos sinhôs e sinhás no recôndito das senzalas de chão batido. Dessa vez, estimulados pelos constantes pedidos dos próprios homens brancos que furtivamente saíam das missas e procuravam as choupanas dos ex-escravos alforriados, os quais subitamente se viram transformados em ilustres magistas de aluguel. Distorceram, portanto, as leis divinas e deu no que deu: o vil mercantilismo religioso que viceja culturalmente em todos os recantos desta nação atual, formando o carma grupal a ser queimado no futuro, assim como foi no passado.Espíritos originários de outros orbes, aqui aportaram desde os primórdios do planeta e, depois da decadência atlante, com o passar dos séculos vieram a originar nações indígenas brasileiras que herdaram suas tradições mágicas, rituais e curadoras, atualmente canalizadas nas falanges de caboclos da Umbanda.No início dos tempos no, época em que o orbe era uma massa ígnea coberta de vapores sulfurosos, a região que se solidificou mais rápido, tendo despontado posteriormente na superfície, foi onde hoje está localizado o Brasil. Na escala geológica do planeta, isso propiciou que a primeira crosta terrestre emersa do oceano primitivo fosse a pátria verde e amarela. Tal região foi a que se formou mais rapidamente, oferecendo condição propícia, na natureza que se forjou, para a encarnação de espíritos extraterrestres no ciclo hominal terrícola. As tradições mágicas e xamânicas que nasceram nas tribos brasileiras de antanho antecederam todos os demais ciclos reencarnatórios que se efetivaram. Na verdade, essa “porta” de entrada espiritual planetária originou o conhecimento em todas as outras raças, nações e tribos antigas, não só da indígena formada primeiramente. Os payés (pajés) interpretavam os astros, liam as energias irradiadas e, por meio da natureza e do intercâmbio psico- astral com entidades incorpóreas de outros orbes, que vieram em suas vimanas (naves) intensamente até o auge da Atlântida, adquiriam instruções e eram governados do Espaço. Com certeza, a Umbanda pratica essa herança mágica ancestral, seja de caboclo, preto velho ou oriental; as aparências dos espíritos são meras formas e uma não é melhor que a outra. Os conhecimentos milenares ficam registrados no espírito e independem da nação, tribo ou raça, desde que isso se configure como ilusões, impressões transitórias do vaso da matéria que abriga uma coletividade encarnada.Obviamente os espíritos que se enfeixam nas aparências de caboclos, ligados à antiga raça vermelha, assim o fazem prioritariamente para impressionar mediunicamente os sentidos psíquicos, não pelo fato de serem herdeiros das tradições mágicas, rituais e curadoras, uma vez que as outras “raças” dos espíritos também o são e que a vertente que a trouxe é e foi uma só e se espargiu pelas migrações provocadas ao longo da história e geografia terrenas.No passado das civilizações, seja na Atlântida, Ásia, África, Europa, ou nas Américas, reencarnaram os mesmos espíritos em várias ocasiões. Eles traziam no inconsciente, o qual não se reportava às cores das peles ou raças que os abrigavam provisoriamente nos corpos físicos, a sabedoria antiga dos iniciados extraterrestres. Ocorre que a transmissão dos saberes ocultos sempre foi velada, um tanto misteriosa ao homem comum, preocupado em saciar a fome e sem tempo para maiores abstrações filosóficas. Seria perigoso o magismo praticado pelos magos nos templos, se fosse aberto a todos. Por esse motivo, os Senhores da Luz Velada, espíritos de escolas de outros orbes que velavam pela transmissão dos conhecimentos mágicos, quando encarnados como instrutores atlantes, hierofantes egípcios, mabatmas indianos, pajés sul-ameríndios ou sacerdotes trïbais africanos, preservaram o saber tecendo histórias que viraram lendas para o povo, numa versão popularizada para as mentes brutas, tornando esse saber “palatável” oralmente à interpretação esotérica superficial das leis divinas que regem o micro e o macrocosmo. Fixaram em santuários, pirâmides, criptas e cavernas o que não era acessível ao primitivismo do povo absorvido pela sobrevivência num cotidiano inóspito. Mas, como a água da fonte, que se armazenar em recipientes diferentes, não deixa de ser a mesma água, assim é a umbanda: a diferença nos terreiros não significa desigualdade perante os orixás; ela vos une numa mesma essência e não vos separa na ilusão das formas.Por isso, determinadas coisas podem ser entendidas como, os caboclos de Umbanda - Tupinambá, Tupiara, Tupiaçu, Tupimirim - que falavam o nheengatu e pertenceram às tribos mais evoluídas do planeta. Esse idioma é considerado desenvolvido pela lingüística, inclusive se comparado com as línguas atuais, isto acontece porque o som é pensamento e a sonoridade verbal o expressa. As imagens mentais antecedem a idéia e sua verbalização. Somente espíritos de grande conhecimento poderiam se adaptar a um idioma como o falado pelos tupi-guaranis. Essa tribo “primitiva” não era monossilábica e seu vocabulário era expressão das consciências espirituais extraterrestres, com os quais mantinham sintonia e de quem eram procedentes. No plano hiperfísico, atuavam os regentes dessa raça, espíritos de escol que vieram de Sírius para a Terra trazendo o intercâmbio com o mundo rarefeito interdimensional. Os espíritos que atuam na Umbanda, descendentes do portentoso tronco tupi e originários dessa estrela distante (Sírius), são exímios mensageiros e viajantes astrais. Por detrás de suas práticas xamânicas (sopros, benzeduras, baforadas, ervas, mandingas e mirongas), estão alinhadas verticalmente no éter, numa outra dimensão vibratória, naves espaciais de outros orbes, preexistentes à formação de vosso planeta, que auxiliam na evolução humana. A Terra não é destinada a ter uma raça dominante e uniforme. É natural que “blocos” de espíritos que reencarnam durante um período, numa determinada raça, fazendo-a evoluir, deixem de encarnar em uma forma e cor especificas para animar outras, instalando-se assim os ciclos de apogeu e declínio.Existiram várias etnias no orbe, e atualmente existe uma miscelânea racial no planeta. A diversidade da Umbanda atrai esses espíritos por sua universalidade. Sendo um amálgama de todas as cores e formas raciais, é a mais universal das religiões e doutrinas mediúnicas da Terra; leva os homens fragmentados em sua relação com o Divino a um processo de unificação com Ele.Os homens afoitos e zelosos das purezas doutrinárias criticam os caboclos da Umbanda quando assoviam, cantam, assopram e chilreiam como pássaros, baforando o charuto. A estreiteza de opinião oriunda do desconhecimento, aliado ao preconceito, favorece as “superioridades” doutrinárias e as interpretações sectárias. Os fundamentos dos mantras e seus efeitos curativos (vocalização de palavras mágicas) fazem parte dos ritmos cósmicos desde os primórdios de vossa civilização. Os vocábulos pronunciados, acompanhados do sopro e das baforadas, movimentam partículas e moléculas do éter circundante do consulente, impactam os corpos astrais e etérico, expandindo a aura e realizando a desagregação de fluidos densos, miasmas, placas, vibriões e outras negatividades. Assim como as muralhas de Jericó tombaram ao som das trombetas de Josué, os cânticos, tambores e chocalhos dos caboclos desintegram poderosos campos de força magnetizados no Astral, bem como o som do diapasão faz evaporar a água. Os infra e ultra-sons do Logos, o Verbo sagrado deram origem ao Universo e compõem a tríade divina: som, luz e movimento. Como o macrocosmo está no microcosmo, e vice-versa, a pronúncia de determinadas palavras contra um objeto ou ponto focal no Espaço, mentalizando a ação que esse som simboliza, será potencializada a intenção pelo mediunismo do caboclo manifestado no médium, e energias correspondentes serão movimentadas. Ao mesmo tempo, cada chacra é uma antena viva dessas vibrações que repercutirão nas glândulas e nos órgãos fisiológicos, alterando os núcleos mórbidos que causam as doenças, advindo as “notáveis” curas praticadas na Umbanda. É comum religiosos e exímios expositores de outras doutrinas acorrerem a ela, sorrateiramente, às escondidas, com os filhos ou eles mesmos adoentados, ditos incuráveis pela medicina materialista, tendo sua saúde reinstalada, para depois nunca mais adentrarem um terreiro. A todos o manto da caridade dá alento, sem distinguir a fé fragmentada de cada um.O homem tem memória curta, impregnada de personalidade temporária, o que é próprio da sua natureza encarnada e momentaneamente esfacelada diante do espírito atemporal que o anima. Fonte de Pesquisa: A Missão de Umbanda - Norberto Peixoto p/ Ramatis

A Obsessão

A Obsessão é o domínio que alguns Espíritos adquirem sobre outros, quer encarnados ou desencarnados, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos, emocionais e físicos É uma espécie de constrangimento moral de um indivíduo sobre outro. Pode ser de encarnado para encarnado, encarnado para desencarnado, desencarnado para encarnado e desencarnado para desencarnado. Essa influência negativa e irracional traz para as pessoas problemas diversos, o que as tornam enfermas da alma, necessitando de cuidados, como toda doença.

TIPOS DE AÇÃO OBSESSIVA

Indução Espiritual:Se faz de encarnado para desencarnado espontaneamente. Por ressonância vibratória, o desencarnado recebe um certo alívio. Porém, transmite ao encarnado suas angústias e dores a ponto de desarmonizá-lo.

Obsessão Espiritual:É a ação persistente e premeditada de um espírito involuido. È consciente, volitiva, com objetivo nítido, visando fins e efeitos muito definidos. Geralmente, é de desencarnados sobre mortais.

Pseudo-obessão:É a obsessão de encarnado para encarnado ou a obsessão recíproca, podendo haver também entre encarnados e desencarnados. Não há desejo de prejuízo, é uma ação egoísta. O obsessor pensa em estar protegendo o obsediado.

Simbiose:É a associação feita entre encarnado e desencarnado com benefícios recíprocos.

Parasitismo:Quando o obsessor suga as energias do obsidiado. Tem casos em que o parasita não tem consciência do que faz, nem sabe que desencarnou e supri suas necessidades vitais através do encarnado.

Vampirismo:Se alimenta da força vital do outro, mas com propósito definido. O Obsessor tem consciência do que faz e o faz por crueldade, por ódio e por vingança.

Síndrome dos aparelhos parasitas do C.A.:O objetivo é desarmonizar a vítima e a fazer sofrer através da instalação de aparelçhpos eletrônicos sofisticados. É causar perturbações funcionais nas áreas da sensnibilidade, percepções, núcleos de base cerebral e da vida vegetativa.

Arquepadias:É a síndrome psicopatológica que resulta de magia originada em passado remoto, mas atuando ainda no presente. As vítimas apresentam quadros mórbidos sem lesão somática evidente.

Goécia (magia negra):O objetivo é agredir, prejudicar e confundir indivíduos, exércitos e estados. É o pior tipo de obsessão. Os magos das trevas tê, atuação bastante austuciosa, dissimuladora, diabólica.

A pratica da Desobsessão

Devemos compreender que a vida segue seu fluxo e que esse fluxo é perfeito. Tudo acontece nos seu devido tempo. Nós, seres humanos, é que nos tornamos ansiosos e estamos constantemente querendo "empurrar o rio". O rio vai sozinho, obedecendo o ritmo da natureza. Se passarmos todo o tempo desejando borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da gente, mas vivem no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão. Mas se nos dedicarmos a cuidar de nosso jardim, a transformar o nosso espaço (a nossa vida) num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável - as borboletas virão até nós! A desobsessão num sentido amplo, é o processo de regeneração da humanidade. É o ser humano desvinculando-se do passado sombrio e vencendo a si mesmo. Num sentido mais restrito, é o tratamento das obsessões. Em qualquer sentido representa um processo de libertação tanto para o algoz como para a vítima. Deve ser entendida ainda como o remédio moral específico, arejando os caminhos mentais em que nos cabe agir, imunizando-nos dos perigos da alienação.O conhecimento da problemática obsessão/desobsessão exige tempo, dedicação e estudo. É uma tarefa sacrificial que demanda paciência e humildade como normativas deciplinantes.A obsessão é sempre uma prova, nunca um acontecimento eventual.O objetivo da desobsessão é o de esclarecer tanto o paciente encarnado sobre a necessidade dele evangelizar-se para que possa assim elevar o seu padrão vibratório, quanto o de mostrar também ao espírito agressor sobre a importância dele parar de agir de forma errada.A desobsessão envolve uma série de condutas tendo em vista livrar o obsedado de sua prisão mental. A técnica básica do tratamento da obsessão fundamenta-se na doutrinação dos Espíritos envolvidos, encarnados e desencarnados. Doutrinar, significa instruir em uma doutrina. É isso que se vai fazer com o paciente, com sua família, se necessário, e com o Espírito que lhe atormenta. Atualmente o termo "doutrinar" vem sendo substituído por "esclarecer". Dizem que é para evitar o sectarismo. Porém, o termo é lícito em relação à doutrina e significa no fundo a mesma coisa. Tudo uma questão de forma.Nunca devemos esquecer que tratar de obsidiados e seus obsessores deverá ser sempre um ato amor e caridade.Jesus deixou escrito o ensinamento que se obedecido livraria o homem desse mau: "Perdoa o teu inimigo enquanto estais em caminho com ele, para que ele não te leve a juiz e não te condene, pois se isso vir a acontecer, ficará preso até que pagues o último cetil." (O Evangelho Segundo o Espiritismo).Alguns procedimentos necessários na prática da desobsessão: 1- Pedir ao obsessor que se identifique
2- Verificar a sua condição, onde está, que forma tem
3- Perguntar do seu ressentimento: por quem e por quê
4- Restaurar seus corpos
5- Energizar seus chakras
6- Limpar, reconstruir e reorganizar seu sistema nervoso central
7- Imantar sentimentos de perdão, compreensão e arrependimento
8- Trocar suas vestes
9- Retirar adereços
10- Pedir que se desatrele de artefatos
11- Convidar a desfazer os trabalhos
12- Pedir que vá ao Umbral e resgate outros espíritos que estão atrelados a ele.
13- Assistir a esses espíritos
14-Iniciar a doutrinação e fazer o encaminhamento

Artefatos obsessivos e seus campos de força

1- IMANTAÇÃO MENTAL: utilizada nas obsessões para causar desajustes morais e enfermidades psíquicas.
2- FLASHES IDEOPLÁTICOS: é a transferência de energia desarmônica de passado remoto do obsidiado, utilizada pelos obsesores através da indução, trazendo desarmonia psíquica (esquizofrenia).3- SUCÇÃO DE
ENERGIA: utilizada pelos parasitas e pelos vampiros.
4- PAUS, CHICOTES, CORDAS, AMARRAS, LAÇOS, PEIAS, SUDÁRIOS, ETC... artefatos próprios das mono e poli- obsessões simples com ação limitada em seus efeitos, onde é utilizada apenas a força mental da indução. Nas poli-obsessões, esses campos de força se tornam mais fortes pela sincronia de energias maléficas.
5- APARELHOS PARASITAS: são engenhos eletrônicos que causam perturbações funcionais, nos espíritos, ao serem acoplados em áreas múltiplas, zonas motoras e centros nervosos, como nos núcleos da base cerebral e da vida vegetativa, causando lesões neurológicas, tais como: atrofias, paralisia progressivas, hemiplegia, síndrome dolorosa e perturbações psíquicas Esses aparelhos podem ser colocados em incisões operatórias impedindo a cicatrização, causando dores; , prurido, inflamações.
6- AMULETOS, MORTALHAS, SELOS RITUALÍSTICOS, ETC. presentes na arquepadias, estão incrustadas no corpo etérico dos obsedados e são provenientes de reencarnações passadas que atuam até o presente momento. Os portadores desse tipo de obsessão queixam-se de cefaléia, sensação de abafamento, crises de falta de ar sem serem asmáticos. São pessoas que em outras reencarnações foram sacerdotes de cultos estranhos.
7- FORÇAS DA NATUREZA, SEUS ELEMENTOS E ESPÍRITOS DOS DIVERSOS REINOS: são utilizadas pelos magos negros nas magias negras e só são neutralizadas através de práticas externas ao obsidiado, através dos elementos da própria magia , voltados para o bem.

Animismo

Animismo é o que vem da alma. Segundo Ramatís " é o sistema fisiológico que considera a alma como a causa primária de todos os fatos intelectivos e vitais. O fenômeno anímico significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, mantendo a idéia original."O animismo não é indesejável quando conserva a idéia central. A bagagem de conhecimento e experiência do espírito do médium é tão importante quanto as informações que o espírito comunicante tem a nos passar. Os médiuns percebem as sensações, as vibrações e imagens do plano astral e nos dão as informações de como estão percebendo as mesmas, cada um com o seu enfoque, com o seu ponto de vista, e com a percepção daquilo que é importante para ele, sendo assim particularidades do seu espírito. Para que não haja animismo teríamos de ser totalmente passivos nos trabalhos mediúnicos, voltando assim às antigas formas de doutrinação de espíritos sofredores. Com os avanços das técnicas de atendimento, não se concebe mais a idéia de que o animismo é algo que interfira na comunicação. Não podemos conceber que médiuns não procurem esclarecimento nos avanços da ciência que possam auxiliar os seus irmãos desencarnados, deixando para os espíritos orientadores esta tarefa.O que existe é uma confusão de vocabulário com as palavras animismo e mistificação. Animismo é o que vem da alma do médium como conhecimento evolutivo; e mistificação é estar passando suas sensações e vibrações como se fossem de um espírito que supostamente estaria em sintonia com ele, quando na verdade não há ninguém a se manifestar a não ser o próprio médium despreparado. A mistificação é fruto de má intenção, fruto de circunstâncias naturais criadas pelo próprio médium. Por outro lado há também casos em que o transe mediúnico de médiuns despreparados resulta numa emersão da bagagem oculta do seu subconsciente, sendo confundida com a comunicação de espírito desencarnado. Desta forma também não podemos censurar estes médiuns devido ao seu despreparo para o trabalho.

A tristeza dos Orixás

Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas.Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das "guerras", saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe "coruja" quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:— Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? — ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade. — Desculpe, sabe, ando meio ocupado. — Respondeu um triste Ogum. — Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. — É, vim até aqui para "desabafar" com você "mãezinha". Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a " espada da Lei" que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das "supostas" demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles...Estou cansado... Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não via nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não viam em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.Não! Infelizmente ele era entendido como o "Orixá da Guerra", um homem impiedoso que utiliza–se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram "quebras e cortes" de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna–se uma guerra de vaidade, um show "pirotécnico" de forças ocultas. Muita "espada", muito "tridente", muitas "armas", pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava: — Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando-a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição... Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Yemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado... Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava–se por sua alfanje da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua alfange aos pés de Yemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso... Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Um a um, todos foram se despindo e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás. Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente se apresentam. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando–o a figura do Diabo:—Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! —Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá. Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:— Espere! Pensou Yemanjá! — Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou-se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu-se de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun: —Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de "apenas" prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras "bases de luz" na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam-nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir... Quando Oxalá se calou os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros iriam se juntar nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.Em Aruanda, os caboclos, pretos velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem–aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam-se. O alto os abençoava...Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.Miríades de espíritos foram retirados do baixo–astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás. Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como "armas" para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem–se disso.E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem–se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem–se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem a Eles. Sejam LUZ, assim como Eles!

Causas Geradoras das Personalidades Virtuais

Como causas geradoras dessas desarmonias, temos uma vasta lista de possibilidades e, muitas, tem início muito antes da concepção e estão ocultadas nas profundezas da consciência, tendo suas raízes encravadas em existências passadas, e que forçadas pela necessidade evolutiva, um dia, brotam eclodindo na superfície, desestruturando a personalidade. Dentre essas causas ocultadas, temos a raiva, o ódio, as mágoas e os ressentimentos reprimidos e a impotência diante das humilhações vivenciadas, que pela impossibilidade de desforra e drenagem desses conteúdos no momento, acabam por cair no esquecimento ou são então ocultadas. Existem também, as vivências agradáveis e prazerosas, onde não faltaram os recursos materiais, prazeres mundanos, poder e prestígio social, intelectualidade e influência, gerando intensos apegos, da mesma forma, proporcionadores das desarmonias espirituais. E por causa desses recalques e apegos, muito antes da encarnação, o ser já tem formadas ou em formação, algumas Personalidades Virtuais, que como bombas de efeito retardado, aguardam o momento oportuno, para explodir, desagregadoras, acordadas pelos mais diversos estímulos.E ao invés de estarem cooperando com sua experiência junto a nova encarnação, rebeladas, afastam-se da mesma. Na linha de perturbação, formada por afinidade, a personalidade mais forte se torna dominante, revoltando-se contra a parte encarnada, dando origem à AUTO-OBSESSÃO, que ocupa lugar avantajado na escala das desarmonias psíquicas. Não podendo ter o que tinha antes, nem ser o que havia sido, julga-se injustiçada, retirando-se e retirando as demais que lhe são afins, do eixo encarnatório, gerando graves prejuízos à Personalidade Real, drenando e desperdiçando energias que são canalizadas para outros fins, desviando-as de sua verdadeira finalidade.

Os Detonadores Psíquicos

O eclodir dessas desarmonias, tem como detonadores psíquicos, a mais variada gama de estímulos, desde visuais, como a contemplação de uma paisagem que parece ser conhecida, uma obra de arte tentadora, um móvel antigo, uma fotografia, um rosto que parece conhecido, um olhar agradável, agressivo ou arrogante, irônico ou debochado. Os estímulos auditivos, como por exemplo, um som ou o tom de voz, certas palavras, determinadas músicas, certos sons, etc.O estímulo magnético, que é o tom vibratório da criatura, que só pela simples proximidade de seu campo áurico, acaba por gerar algum tipo de sensação que pode ser de bem estar, inquietude, medo, desconfiança ou irritação naqueles que estão próximos. Como forte estímulo à desarmonia do novo ser, existe também a contribuição dos familiares, que ao vibrarem certos pensamentos, emoções, sentimentos e desejos, acabam por ferir o propósito do reencarnante, produzindo vigorosas Personalidades Virtuais. Isso tudo acaba confundindo as mais aprimoradas técnicas de diagnóstico, dificultando a descoberta da origem do mal e complicando as decisões terapêuticas que precisam ser tomadas. Então, é realmente necessário que o terapeuta espiritual esteja bem instrumentado, com conhecimentos sobre Apometria, sobre reencarnação, Lei Kármica, ser um bom observador da psicologia e dos comportamentos humanos, desenvolva sua capacidade de "ler" o paciente e perceber suas máscaras, justificativas, razões, necessidades e camuflagens. Ao longo do processo evolutivo, o ser vivencia as mais diversas personalidades, nos mais diversos momentos e nas mais diversas situações, e quase sempre, tendo que representar vários papéis conscientes e inconscientes ao mesmo tempo, submetido a certas injunções, em virtude de compromissos familiares, dependências ou obrigações que a vida lhe impõe, fazendo o que não lhe agrada mas não podendo mudar nada, submetendo-se resignado, sendo obrigado a aceitar e a concordar, atuando contra sua vontade, seus desejos, sonhos e propósitos, acumulando um verdadeiro patrimônio de frustrações que um dia terão que ser resignificadas.

Os Núcleos de Potenciação da Consciência

O núcleo de Potenciação da Consciência, chamado Corpo Búdico, providencia a descida vibratória e drenagem desses conteúdos ocultados, então, antigas personalidades acordam. Ao entrarem novamente em contato com esses conteúdos, dissociam-se do processo encarnatório e apegam-se neles. Quanto menor a capacidade resolutiva do ser, maior será a dissociação dos corpos, fragmentando-se em níveis e subníveis conscienciais.Verdadeiros pacotes desarmônicos são devolvidos à vivência encarnada para que possam ser reciclados. Se a criatura não estiver consciente e equilibrada, surge a desarmonia, fazendo aflorar os traumas de passado que se manifestam com características bem destacadas, um desenvolvido orgulho, incapacidade, prepotência ou agressividade, criando para a vida encarnada, severas dificuldades. Como portadoras ou representantes desses conteúdos, surgem então, as Personalidades Virtuais.Agrupadas por afinidade, formam verdadeiras Linhas de Rebeldia e Perturbação. Muitas dessas personalidades, por permanecerem ignorantes, deixam-se oprimir por uma personalidade ou nível dominante, e porque foram escravizadas no passado, consideram-se fracas e impotentes ainda, acovardadas diante do que não conhecem, e pelo hábito de "não reagir", nem buscam conhecer ou libertar-se.Como acréscimo de sofrimento, abrem-se as defesas do ser e surgem as obsessões, permitidas pelos descuidos e vícios que o mesmo acrescentou em seu universo já perturbado, onde obsessores inteligentes, persistentes e observadores, descobrem os pontos de acesso e se acopklam, manipulando desejos, emoções e a vontade de suas vítimas potenciais que se tornam vítimas reais, pelas próprias invigilâncias que se permitem.

O passe

Muitas informações sobre o passe encontramos na literatura espírita, esotérica, umbandista, holística e assim por diante. Procuraremos aqui, trazer as informações básicas sobre o assunto, cabendo a cada um traçar seus próprios critérios de médium passista visto que a reforma íntima é pessoal, única e intransferível, além de se processar de forma gradativa.Partimos da hipótese que a melhor técnica e o melhor preparo é a “boa vontade” de um coração puro em seus sentimentos de amor ao próximo porque, mediante nossas imperfeições, se optarmos para nos tornarmos perfeitos para arregaçar as mangas e obrar, ficaremos de braços cruzados por muitas e muitas reencarnações."Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus.”(Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro, 1865)
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O QUE É O PASSE ?
Desde os tempos mais antigos, a imposição das mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências espirituais. Em muitos trechos da Bíblia, vemos Jesus e seus discípulos imporem as mãos sobre os necessitados, rogando a Deus que os curassem. Jesus fez largo uso dessa prática e disse que, se quiséssemos, poderíamos fazer o mesmo. E desde aquele tempo o homem utiliza-se desse recurso para aliviar, consolar, melhorar e até curar doenças físicas e espirituais. Antes do advento do Espiritismo, sabia-se pouco sobre a prática desse costume. Os fenômenos de curas eram envoltos em mistérios e tidos como acontecimentos sobrenaturais. Ao menos publicamente, ninguém se aventurou a dar explicações para o estranho poder que tinham as mãos para curar e aliviar os males físicos e espirituais. Com a chegada da Doutrina Espírita, os Espíritos superiores explicaram o porquê das coisas. Ensinaram que as mãos serviam como um instrumento para a projeção de fluidos magnetizados, doados pelo operador, e fluidos espirituais, trazidos pelos Espíritos. Segundo eles, os fluidos curativos eram absorvidos pela pessoa necessitada por meio dos centros vitais (chacras), acumuladores e distribuidores de energias, localizados no perispírito e pelo próprio corpo astral que age como uma esponja. Estavam assim explicadas, teoricamente, as curas promovidas por Jesus e pelos curadores de todos os tempos. Para os seguidores de Allan Kardec, a imposição de mãos sobre uma criatura com a intenção de aliviar sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente fortalecê-la, ficou conhecida como "passe". O passe é um dos métodos utilizados nos centros espíritas para o alívio ou cura dos sofrimentos das pessoas. Quando ministrado com fé, o passe é capaz de produzir verdadeiros prodígios. Têm como objetivo o reequilíbrio do corpo físico e espiritual.
O que é energia?
A energia de um corpo é a capacidade que este tem de gerar qualquer ação. Como há várias formas de energia, pode haver várias formas de ação possíveis. À energia calorífica, uma ação possível seria o aquecimento. À energia elétrica, uma ação possível seria a geração de corrente. À energia magnética, uma ação possível seria a magnetização de outro corpo. Em geral os corpos têm vários tipos de energia, e, por conseguinte, podem atuar no meio no qual estão inseridos de várias formas. Por exemplo: o corpo humano é capaz de aquecer o ambiente – nesse caso é utilizada a energia calorífica; é capaz de movimentar objetos – nesse caso é utilizada a energia mecânica; é capaz realizar o processo da digestão – nesse caso, dentre outras, utiliza a energia química; e assim por diante. No passe, os pensamentos do passista e da equipe de Espíritos, reunidos, formam a energia espiritual que atua no paciente e diretamente nos fluidos, que são energia magnética, dando- lhe características necessárias ao paciente. Assim, podemos dizer que a energia relacionada ao passe é capaz de atuar diretamente no paciente.
O que é fluido?
Fluido é substância sutil, maleável, imponderável, energética, que pode ser manipulada pelo pensamento de Espíritos encarnados e desencarnados, que imprimem nele características positivas ou negativas, conforme o teor do pensamento. No passe, utiliza- se o pensamento do Espírito que coordena a tarefa, assim como do passista, de forma a impressionar positivamente os fluidos que serão doados ao paciente. O fluido, em sua mais simples expressão, é chamado de fluido cósmico universal, que representa a simplificação máxima da matéria, que, manipulada pelo pensamento do Espírito, imprime- lhe variações de onde se originam os diversos tipos de elementos hoje conhecidos.
O que é transubstanciação?
Transubstanciação é o efeito de se alterar uma ou mais qualidades que caracterizam determinada substância. No passe, quando se altera diversas características dos fluidos, afim de doá-los ao paciente, diz- se que os fluidos foram transubstanciados.
O que é fluido animal?
Fluido animal ou magnetismo animal é a parcela de energia vital doada pelo ser encarnado, passista, no momento do passe. Tal fluido é inerente apenas a seres encarnados, sendo uma das razões pelas quais que companheiros encarnados participam de tarefas aparentemente de cunho apenas espiritual, tal como reuniões de “desobsessão”.
O que é fluido vegetal?
Fluido energético exalado pelos seres vivos do reino vegetal.
O que é perispírito?
É o corpo intermediário entre o corpo físico e o Espírito ( segundo o conceito espírita numa explicação mais simplificada dos corpos espirituais), necessário à relação entre estes dois últimos. É o laço que liga o corpo ao Espírito. Nos processos de reencarnação, é o molde determinante das características do corpo físico do Espírito que renasce.
O que é duplo etérico?
O duplo etérico ( corpo fluídico incluso no perispírito) pode ser considerado um corpo físico menos denso, energético, de onde dimanam as doações fluídicas animais (ectoplasma) que o passista realiza durante a tarefa do passe.
O que é centro vital?
Centro vital, ou centro de força, é um ponto de convergência de energias captadas pelo perispírito, posteriormente redistribuídas a todos os órgãos deste, assim como aos corpos “inferiores” , tais como o físico e o duplo. Em geral estuda- se sete centros vitais (chacras), que se vinculam, no corpo físico, a sete importantes centros do organismo humano: centro genésico ou básico (chacra básico), situado próximo à região genésica; centro gástrico (chacra umbilical), situado próximo ao estômago; centro esplênico (chacra plexo solar), situado próximo ao baço; centro cardíaco (chacra cardíaco), situado próximo ao coração; centro laríngeo (chacra laríngeo), situado próximo à laringe; centro frontal (chacra frontal/terceira visão), situado entre os dois olhos e centro coronário (chacra coronário), situado próximo à glândula pineal ou epífise (um sensor capaz de 'ver' o mundo espiritual e de coligá-lo com a estrutura biológica. É uma glândula, portanto, que 'vive' o dualismo espírito-matéria) no cérebro.
O que é aura?
De forma geral, todo corpo emite energias. A emissão de tais energias se chama radiação. Aura é o conjunto das radiações emitidas por determinado corpo, que o envolvem. Cada corpo espiritual tem sua aura e a do duplo etérico, também conhecida como aura da saúde apresenta em sua composição, forma e coloração, considerável variação mesmo ao longo dos minutos, pois reflete, quase que imediatamente, as alterações psíquicas e orgânicas ocorridas no ser. O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de enfermidades físicas e espirituais junto aos necessitados que procuram o centro espírita. A equipe de passistas deve estar alinhada no mesmo pensamento de ajudar essas pessoas carentes de amparo. O serviço de aplicação do passe requer critério, discernimento, responsabilidade e conhecimento doutrinário. É um complemento aos recursos de automelhoramento e de reeducação espiritual utilizados normalmente.

Tipo de Passe

Os passes podem ser classificados em três categorias:

a) Passe magnético

É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética existente no próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam segundo a condição moral do passista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o próximo. No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos mais carentes. Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passista ou magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questão 176 :"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".

b) Passe espiritual

É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida, pelo Espírito que veio assisti-lo. Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores do que aqueles que podemos contar em nossas residências, só com a ajuda do anjo guardião.

c) Passe misto

É uma modalidade de passe onde se misturam os fluidos do passista com os da Espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe puramente magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas, contando com a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados. Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos encarnados e também ministrando eficiente socorro às entidades do plano espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluidos. Mas para que se possa contar sempre com a ajuda dos bons Espíritos, é necessário observar os cuidados já ditos anteriormente sobre a depuração íntima de cada um dos que estão imbuídos do desejo de fazer o bem."...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja escutada é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Janeiro, 1864).

a) A Técnica do Passe Espírita

Há uma certa discussão no meio espírita sobre como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo, de modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros, acham que o ato de apenas impor as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente. André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o passe dispensa qualquer recurso espetacular. José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe é tão simples que não se pode fazer nada mais do que dá-lo.Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos médiuns que:"Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem". Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o passe. Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica. O que é preciso levar em conta é que nenhuma forma de aplicar o passe surtirá efeito se o médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo que se aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de má índole.

b) Quando o Passe deve ser aplicado?

A variação das condições fluídicas perispirituais de qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e psicológicos, que podem dar origem a enfermidades. Alterações psicológicas ou traumas orgânicos podem provocar mudanças fluídicas na camada exterior do perispírito, agravando doenças ou iniciando estados mórbidos. Daí, a importância da terapia energética dos passes como tratamento, mas principalmente como profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de ritual ou dogma.

O passista

O passista é aquele que ministra o passe. Ser um passista espírita é uma tarefa de grande responsabilidade, o passista não precisa ser um santo, mas necessita esforçar-se na melhoria íntima e no aprendizado intelectual. Armado do desejo sincero de servir, quase todos os iniciantes podem trabalhar neste sagrado ministério. O passista deve procurar viver uma vida sadia, tanto física quanto moralmente. A Espiritualidade superior associa equipes de Benfeitores aos trabalhadores que se esforçam, multiplicando-lhes a capacidade de serviço. Portanto, todos podemos ministrar passes, porém é necessário um mínimo preparo moral a fim de que a ajuda seja o mais eficaz possível. Como todas as tarefas realizadas dentro do centro espírita, esta também carece de cuidados e atenção por parte de quem se propõe a executá-la."Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus".(Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro, 1865).1- O que é necessário para ser um bom passista?
Allan Kardec nos instrui a respeito:
"A primeira condição para isto é trabalhar em sua própria depuração (moral e ética), a fim de não alterar os fluidos salutares que está encarregado de transmitir. Esta condição não poderia ser executada sem o mais completo desinteresse material e moral. O primeiro é o mais fácil, e o segundo é o mais raro, porque o orgulho e o egoísmo são sentimentos difíceis de se extirpar, e porque várias causas contribuem para os superexcitar nos médiuns" . (Allan Kardec - Revista Espírita, Novembro, 1866).2
- Condições básicas para o exercício do passe espírita Fé. amor ao próximo, disciplina, vontade, conhecimento, equilíbrio psíquico, humildade, devotamento, abnegação. "Se pretendes, pois guardar as vantagens do passe, que em substância, é ato sublime de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro" - (Espírito Emmanuel, no livro Segue-me).3- Fatores negativos que prejudicam o passe Desequilíbrio nervoso, psíquicos, emocionais, morais e físicos (mágoas, vingança, egoísmo, orgulho, vaidade, vida desregrada e desonesta, vícios e alimententação inadequada) "O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado; o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando através do encarnado pode alterar-se. Daí, para todo médium curador, a necessidade de trabalhar para seu melhoramento moral" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro, 1865).À medida que o passista avança na compreensão da importância da tarefa do passe, ele percebe que o seu bem- estar físico e espiritual não mais representa benefício para si próprio, mas também para todos os companheiros que se utilizam desse recurso terapêutico na casa espírita. Naturalmente, a conduta ideal de qualquer um de nós está descrita no Evangelho de Jesus.O passe é tarefa de amor, recurso terapêutico para as almas e o passista pode ser encarado como o indivíduo que mais recebe na tarefa. Podemos comparar o passista a um cirurgião. O cirurgião, antes do trabalho, deverá apresentar- se o mais higienizado possível para o desempenho adequado de sua tarefa sem a infecção do paciente. O passista deverá higienizar sua “casa mental” para evitar a contaminação de seus próprios fluidos que serão transferidos ao paciente. Sempre que possível, o passista deverá melhorar sua compreensão dos mecanismos do passe pelo estudo e observação. No entanto, o bom desempenho na tarefa do passe não se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas principalmente ao amor com que se participa da tarefa. Nas casas espíritas geralmente pratica- se o passe misto. Nesse tipo de passe, o passista atua como mediador entre o Espírito responsável pelo passe e o paciente. Dessa forma, o passista pode ser considerado médium, ou melhor, médium passista. Na tarefa de passe realizada dentro da casa espírita, com a observância dos critérios de segurança e disciplina conhecidos, a coordenação da tarefa ocorre a nível espiritual, embora se tenha sempre um coordenador encarnado. Assim, é lícito pensar- se que a Espiritualidade procura sempre resguardar os tarefeiros durante o trabalho. Há casas espíritas que possuem equipes de passistas que vão à casa do paciente ou a hospitais. Essas equipes sempre trabalham sob condições de disciplina e ordem para se garantir a segurança adequada ao desempenho da tarefa. O passista, sozinho, nunca deverá assumir responsabilidades por qualquer tipo de trabalho fora do âmbito da casa que freqüenta, embora, a título de beneficência, em visita a companheiro adoentado, poderá orar por ele – o que na verdade é também um passe -, chegando mesmo a aplicar- lhe um passe (com as gesticulações tradicionais), somente nos casos em que o próprio doente manifeste o interesse pela aplicação. Mesmo nesses casos, deverá o passista agir com extrema cautela afim de se evitar inconvenientes tais como manifestações mediúnicas de qualquer parte. Atendimentos a companheiros vinculados a processos obsessivos que envolvam manifestação mediúnica e que se encontrem impossibilitados de se dirigir à casa espírita nunca deverão ser realizados pessoalmente por qualquer indivíduo, mas apenas por equipe especializada da própria casa espírita. Não é adequado dar sugestões e conselhos durante o passe. Não que os conselhos e as sugestões embasadas na vivência do Evangelho sejam incorretas, mas no momento da tarefa do passe, tal prática não deve ser acontecer, por melhor que seja a intenção. A tarefa do passe, também, não é receituário mediúnico, mas apenas ministração, por via fluídica, de elementos terapêuticos extremamente sutis ao paciente, que atuam diretamente no perispírito. Não deve haver promessa de cura em hipótese alguma, pois a cura somente pertence ao próprio doente através das oportunidades de progresso espiritual. A promessa de cura, sobretudo endereçada a pessoa realmente doente, excita demasiadamente o psiquismo desta, podendo levá-la a estados muito piores se a melhora não se verifica conforme o prometido. Assim, por mais segura seja a fé do passista em relação à eficácia do tratamento fluidoterápico. Não é necessária a incorporação durante a aplicação do passe. O estado de consciência plena do passista durante o passe indica que este também participa ativamente do processo de doação, através de seu raciocínio e seu sentimento, doando não somente os fluidos animais necessários ao transporte e à absorção dos elementos por parte do paciente, mas também sua ideação nobre que irá impressionar positivamente os fluidos a serem transmitidos. É recomendadado que o passista vista- se de forma confortável, para que não venha a sentir incômodo durante a tarefa, podendo atingir seu término com tranqüilidade. O toque deve ser evitado pois denota, essencialmente, intimidade. O toque em pessoa que não se conhece, poderá assusta-la, e com maior intensidade se este for do sexo feminino. Em qualquer trabalho, principalmente com o público, o cuidado deve ser redobrado. Em geral, os passistas devem permanecer de olhos abertos. Particularmente os passistas que se servem de movimentos para a aplicação do passe não poderão agir de olhos fechados, sob pena de virem a colidir com outro passista também em movimento, ou até mesmo com o próprio paciente. Além, é claro, dos inconvenientes trazidos pelo toque indesejado. Os fluidos são a base da manifestação mediúnica. Determinados companheiros que tenham ostensividade mediúnica podem tender para o estado sonambúlico em ambientes com grande reserva fluídica. A tontura, muitas vezes, indica o limiar entre os estados de vigília e sonambúlico. Sendo fenômeno natural, pode ser coibido pelo passista com a devida educação da mediunidade. Quando ocorrer, deve- se, sem alarde, informar ao coordenador da tarefa, para que, se possível, substitua- se o passista em questão, até o restabelecimento adequado, que geralmente ocorre em poucos minutos. Costuma- se recomendar que o passista tome um pouco de ar, procure relaxar e orar rogando aos benfeitores espirituais que o auxiliem. Tal fato não é, definitivamente, motivo para que qualquer companheiro se afaste da tarefa do passe. O passista deverá orar continuamente durante a tarefa. O pensamento bem direcionado é essencial para o desempenho da tarefa. Assim, quanto mais se estuda os mecanismos do passe, maior capacidade de orientação de sua força mental terá o passista. Embora não haja regra sobre “o que pensar”, observamos que muitos companheiros mais afinizados com o estudo imaginam correntes magnéticas luminosas entrando e saindo pelos centros vitais do paciente, outros projetam na tela mental a figura de Jesus, e ainda outros imaginam descargas enormes de fluidos saindo das pontas de seus dedos, dos olhos, ou de todo o corpo. Seja qual for a ideação, esta sempre deverá ser nobre, além de ser alimentada pela crença profunda do passista na eficácia da aplicação.

Passe e Técnica

Não existe uma regra, mas podemos seguir algumas orientações. O passe misto, geralmente, é o mais utilizado e ele se utiliza das técnicas (a nível de movimentos) do passe magnético. É comum classificarmos os passes conforme o objetivo e os movimentos que o passista produz quando de sua aplicação, embora os movimentos não sejam obrigatórios. Visando simplificar ao máximo, restringiremos a duas técnicas, que chamaremos de “dispersão” e “energização” ou “fortalecimento”. Em geral, todo passe realizado durante a tarefa é uma seqüência destes, dois: primeiramente o dispersivo, seguindo- se o energizante.
O que é passe de dispersão?
O passe de dispersão é técnica destinada a retirar os fluidos deletérios que possam estar vinculados ao paciente, pela ocasião das ocorrências do dia a dia, ou de causas específicas, tais como processos obsessivos. É comumente ministrado aos médiuns, nas reuniões mediúnicas, após manifestação de entidade perturbada. A função básica dessa técnica é propiciar alívio ao paciente, assim como desobstrução de sua capacidade intelectiva, e de vinculação com os benfeitores espirituais.
O que é passe de energização?
O passe de energização é técnica que objetiva principalmente o fortalecimento energético do indivíduo. Com base nesse fortalecimento, o paciente pode reorganizar seus mecanismos de defesa contra investidas espirituais e encontrar motivação com base nas novas reservas de energia, dentre outros.
Como aplicar o passe de dispersão?
O passe de dispersão é realizado pela movimentação dos braços de cima para baixo, e não de baixo para cima, ao longo do corpo do paciente. As palmas das mãos devem estar direcionadas para baixo, de forma a se pensar que algo está sendo retirado do paciente. Os passistas não necessitam, ao final do percurso dos braços, fazer qualquer tipo de movimento com as mãos com o objetivo de livrarem- se dos fluidos retirados do paciente, pois tais fluidos não ficam agregados no passista. Lembramos, mais uma vez, que os movimentos aqui descritos funcionam apenas como sugestão mental tanto para o passista, como para o paciente.
Como aplicar o passe de energização?
O passe de energização é realizado pela imposição de mãos, que são movimentadas vagarosamente, desde a cabeça até às pernas do paciente, podendo ser repetido várias vezes tal movimento. É comum o passista, conforme sua intuição, fixar as mãos por algum tempo em determinada parte do corpo do paciente, com o objetivo de fornecer maior parcela de fluidos aos órgãos daquela área.. Durante tais movimentos, o passista deverá imaginar a transferência de fluidos luminosos de si para o paciente, tendo a plena convicção de que tais fluidos estão repletos de boas energias. Ao final do passe, que geralmente começou pela técnica de dispersão, caso o passista deseje comunicar mentalmente votos de confiança, esperança e paz ao paciente, é comum o posicionamento das mãos acima da cabeça (centro coronário) e na direção dos olhos (centro frontal).
Os movimentos são realmente necessários?
Não. Os movimentos apenas auxiliam o passista a direcionar seu pensamento corretamente durante o passe, assim como funcionam à guisa de sugestão mental para o paciente. Este segundo aspecto se deve ao fato de, culturalmente, o paciente sempre esperar que o passista irá movimentar os braços ou as mãos. Há pacientes que, em tomando passe com passista que não se movimenta, saem da câmara de passes insatisfeitos, chegando a pensar inclusive que não receberam o passe.
Qual é a duração ideal do passe?
Não há regra. Embora os passes realizados fora da casa espírita, em residências ou hospitais possam ser mais longos, nas tarefas costuma- se utilizar um tempo padrão próximo de um minuto, que naturalmente pode variar de paciente para paciente em função da intuição do passista. No entanto, o passista não deve se preocupar em “cronometrar” o passe, pois adquirirá facilmente, com dedicação à tarefa, a noção adequada do tempo necessário a cada caso.Há cuidados especiais quando da aplicação de passes em médiuns ostensivos?Sim. O passista deve procurar ser breve na “fase” de energização do passe, evitando ao máximo direcionar por muito tempo os fluidos, seja através de movimentos ou apenas com o pensamento, para a região da nuca do paciente, pois neste caso aumenta- se o risco de ocorrência de manifestação mediúnica. Além disso, pelo uso dos olhos abertos, o passista poderá, ao longo do passe, verificar se o paciente tende ou não para o estado sonambúlico.

O que fazer quando...

...o paciente fica mediunizado?
Deve- se procurar despertá-lo do transe, com tranqüilidade, batendo ou apenas pressionando levemente seu ombro, tomando o máximo cuidado para não chamá-lo de supetão, assustando- o.
...o passista fica mediunizado?

Embora tal prática não seja recomendada, raramente encontramos passista que aplicam o passe mediunizados, sem que o paciente perceba tal fato. Dos casos de mediunização, esse pode ser considerado o mais simples, ao passo que a manifestação mediúnica ostensiva de qualquer Espírito por intermédio do passista não é indicada na tarefa em questão. Assim, quando tal fato ocorrer, caso a segurança e a estabilidade do trabalho em curso se vejam ameaçados, deve- se procurar despertar com cuidado o passista do transe, orientando- lhe posteriormente a trabalhos de educação da mediunidade.

... há indisposição orgânica no paciente?

Deve- se, com tranqüilidade, interromper o passe, acompanhando o paciente, com gentileza para que receba auxílio do próprio coordenador da tarefa, de passista reserva, ou qualquer outro irmão disponível.

... há indisposição orgânica no passista?
Deve- se substituí-lo, sempre que possível, por passista reserva. Posteriormente, é sempre útil investigar- se se a origem da indisposição reside na mediunidade, para correta orientação do passista.

Linha do Oriente na Umbanda

A Linha do Oriente é parte da he­rança da Umbanda brasileira. Ela é com­posta por inúmeras entidades, classi­ficadas em sete falanges e maiorita­riamente de origem oriental. Apesar dis­­so, muitos espíritos desta Linha po­dem apre­sentar-se como caboclos ou pretos velhos.O Caboclo Timbirí (ca­bo­clo japo­nęs) e Pai Jacó (Jacob do Ori­ente, um preto velho bastante ver­sado na Ca­bala Hebraica), săo os casos mais co­nhe­cidos. Hoje em dia, ganha força o cul­to do Caboclo Pena de Pa­văo, enti­dade que trabalha com as for­ças espiri­tuais divinas de origem indiana.Mas nem todos os espíritos săo ori­entais no sentido comum da palavra. Es­ta Linha procurou abri­gar as mais di­ver­sas entidades, que a princípio năo se encaixavam na matriz formadora do bra­sileiro (índio, portuguęs e afri­cano).A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradiçőes bu­­­distas e hindus se firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes chineses e japoneses, sobretudo, passaram a fre­­qüentar a Umbanda e trouxeram se­us ances­trais e costumes mágicos.Antes destas datas, também era co­mum nesta Linha a presença dos que­ridos espíritos ciganos, que possuem ori­­­gem oriental. Mas tamanha foi a sim­patia do povo umbandista por estas en­­­tidades, que os espíritos criaram uma “Linha” independente de trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensi­na­mentos. Hoje a influęncia do Povo Ci­gano cresce cada vez mais dentro da Umbanda.Existem muitas maneiras de classi­ficar esta Linha e este pequeno artigo, năo pretende colocar uma ordem na ma­neira dos umbandistas estudarem es­ta vertente de trabalho espiritual. Dei­xo a palavra final para os mais ve­lhos e sábios, desta belíssima e diver­sificada religiăo. Coloco aqui algumas instruçőes que colhi com adeptos e mé­diuns afinados com a Linha do Oriente.Namaste e Salve o Oriente! CARACTERÍSTICAS DA LINHA DO ORIENTE: • Lugares preferidos para ofe­rendas: As entidades gostam de co­linas descampadas, praias desertas, jar­dins reservados (mas também rece­bem oferendas nas matas e santuários ou congás domésticos). • Cores das velas: Rosa, amarela, azul clara, alaranjada ou branca. • Bebidas: Suco de morango, suco de abacaxi, água com mel, cerveja e vinho doce branco ou tinto. • Tabaco: Fumo para ca­chimbo ou charuto.Tam­­bém utili­zam ci­gar­ro de cravo. • Ervas e Flores: Alfa­zema, todas as flores que sejam bran­cas, palmas ama­relas, mon­senhor branco, monse­nhor amarelo. • Essęncias: Alfazema, olíbano, ben­joim, mirra, sân­da­lo e tâmara .• Pedras: Citrino, quart­zo rutilado, topá­zio im­perial (citrino tor­nado ama­relo por aque­ci­men­to) e topá­zio •Dia da semana recomen­dado para o culto e ofe­rendas semanais: Quinta-feira.• Lua recomendada (para oferenda mensal): Se­gundo dia do quarto min­guante ou primeiro dia da Lua Cheia. • Guias ou colares: Colar com cento e oito contas (108), sendo 54 brancas e 54 amarelas. Enfiar se­qüencial­mente uma branca e uma amarela. Fechar com firma branca. As enti­dades india­nas também utilizam o rosá­rio de sân­dalo ou tulasi de 108 con­tas (japa ma­la). Algumas criam suas pró­prias guias, se­gundo o mis­tério que trabalham . CLASSIFICAÇĂO DA LINHA DO ORIENTE Suas Falanges, Espíritos e Chefes: 01 - Falange dos Indianos:Espíritos de antigos sacerdotes, mes­tres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos inte­gran­tes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.02 -Falange dos Árabes e Turcos: Espíritos de mouros, guerreiros nôma­des do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc... A maioria é mu­çulmana. Uma Legiăo está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a mis­teriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruę.03 - Falange dos Chineses, Mon­góise outros Povos do Oriente: Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curio­sa­men­te, uma Legiăo está in­te­grada por es­pí­ri­tos de origem esquimó, que tra­balham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia ne­gra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.04 - Falange dos Egípcios: Espíritos de antigos sacerdotes, sacer­dotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.O5 - Falange dos Maias, Toltecas,Astecas e Incas: Espíritos de xamăs, chefes e guer­rei­ros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.06 - Falange dos Europeus: Năo săo propriamente do Oriente, mas inte­gram esta Linha que é bas­tante sincrética. Espí­ri­­tos de sábios, ma­gos, mestres e velhos gue­rreiros de origem européia: romanos, gau­leses, ingleses, es­can­dinavos, etc. Sob a che­fia do Impe­rador Marcus I.07 - Falange dos Médicos e Sábios: Os espíritos desta Falange săo especiali­zados na arte da cura, que é integrada por médicos e tera­peutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia. ALGUNS PONTOS CANTADOSE SUA MAGIA Aqui reproduzo alguns Pontos Can­tados, mas destaco a sua eficácia mân­trica e năo somente invocatória. Ou seja, nesta Linha os Pontos podem ser usados como mantras com fina­lidades específicas, independente de servirem para chamar as entidades pa­ra o trabalho de caridade no Centro ou Terreiro. Neste caso, os Pontos de­vem ser acompanhados das res­pectivas oferendas PONTO DO POVO HINDU • para afastar energias negativas diversas. Oferenda: velas amarelas – 3, 5 ou 7, flores amarelas ou brancas e incenso de flores (rosa, verbena, etc...), coloca­dos dentro de uma estrela de seis pontas, hexagrama, traçada no chăo com pemba amarela.
Ory já vem,
Já vem do oriente
A bençăo, meu pai,
Proteçăo para a nossa gente.
A bençăo, meu pai,Proteçăo para a nossa gente.
PONTO DO POVO TURCO • para afastar os inimigos pessoais ou da religiăo umbandista. Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7 e charutos fortes, dentro de uma estrela de cinco pontas, pentagrama, traçado no chăo com pemba branca. Jamais ofereça bebida alcoólica a este Povo.
Tá fumando tanarim,
Tá tocando maracá.M
eus camaradas, ajudai-me a cantar,
Ai minha gente,
flor de orirí
Ai minha gente,
flor de orirí.
Em cima da pedra
Meu pai vai passear,
orirí.
PONTO DO POVO ESQUIMÓ - para afastar os inimigos ocultos e destruir forças maléficas. Oferenda: velas rosas – 3, 5 ou 7, pedacinhos de peixe defumado em um alguidar, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba rosa.
Salve o Polo Norte
Onde tudo tudo é gelado,S
alve Povo Esquimó
Que vem de Aruanda dar o recado.
Salve a Groenlândia,
Salve Povo Esquimó
Que conhece a lei de Umbanda
.PONTO DO POVO GAULĘS • para as lutas e necessidades diárias. Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7, cerveja branca ou vinho tinto, tudo dentro de uma cruz traçada no chăo com pemba verde.
Gauleses,
Oh gauleses,
Somos guerreiros gauleses.
Gauleses, Oh gauleses
Săo Miguel está chamando.
Gauleses,
Oh gauleses,
Somos guerreiros de Umbanda,
Gauleses,
Oh gauleses,
Vamos vencer demanda.
PONTO DO POVO ASTECA • para buscar a sabedoria espiritual. Oferenda : nove velas alaranjadas, milho, fumo picado, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba branca.
Asteca vem, Asteca vai
Nosso povo é valente,Tomba, tomba e năo cai...(cantar nove vezes)
PONTO DO POVO CHINĘS • para proteçăo diante de situaçőes muito graves. Oferendas: sete velas vermelhas (é a cor preferida deste Povo), arroz cozido sem sal, vinho branco, tudo dentro de um círculo traçado no chăo com pemba vermelha.
Os caminhos estăo fechados
Foi meu povo quem fechou,
Saravá Buda e Confúcio
Saravá meu Pai Xangô.
Saravá Povo Chinęs,
Que trabalha direitinho,
Saravá lei de Quimbanda,
Saravá, eu fecho caminho.
Curioso Ponto Cantado do Caboclo Tim­birí – onde ele afirma sua origem japonesa. ANTIGO PONTO DE TIMBIRÍ
Marinheiro,
marinheiro,
olha as costas do mar...
É o japones, é o japones !
Olha as costas do mar.
Que vem do Oriente !

Conceitos sobre a Umbanda

A Umbanda é uma religião lindíssima, e de grande fundamento, baseada no culto aos Orixás e seus servidores: Crianças, Caboclos, Preto-velhos e Exus. A Umbanda nasceu da fusão da religião africana trazida pelos negros nos tempos da colonização, a Nação, com a religião praticada pelos nossos colonizadores Europeus, o Catolicismo, e a Pajelança, que era praticada pelos Índios aqui no Brasil. A necessidade de preservar a cultura e a religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim continuar a praticar e difundir o culto as forças da natureza. A esta associação, deu-se o nome de "Sincretismo religioso", e nasceu no Brasil a religião Umbanda, com muitos preceitos e fundamentos da Nação, mas também com as imagens e menções aos santos católicos. Além do culto as forças da natureza a religião africana, a Nação, também cultua os antepassados, e desta forma a Umbanda também o fez. Os antepassados dos que praticavam e difundiam a religião naquela época eram reis, rainhas, príncipes, princesas e até gente comum trazidas ou não da África como escravos. Estes espíritos desencarnados, são conhecidos por nós como Preto-velhos, muitos dos quais optaram por traçar a sua evolução espiritual através da prática da caridade, mantendo as características de sua última encarnação e incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. O mesmo se pode dizer sobre os espíritos de colonos, caboclos, índios, boiadeiros, crianças e até de pessoas comuns que tiveram uma passagem difícil pela terra, e que se juntaram a esta religião por afinidade, para evoluir e ajudar outros a evoluírem através da prática da caridade: Incorporando, dando passes, passando mensagens, medicando, orientando, protegendo, etc, etc... Estes grupos de espíritos estão na Umbanda "organizados" em linhas: Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Exus. Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças da natureza que os regem, os ORIXÁS. Na verdade a Umbanda é bela exatamente pelo fato de ser mista como os brasileiros, por isso é uma religião totalmente brasileira. O nome Umbanda é a denominação dada a uma religião afro-brasileira que mescla ensinamentos do espiritismo kardecista, catolicismo e seitas trazidas pelos escravos africanos. A prática da Umbanda geralmente se vincula ao chamado pai ou mãe de santo, ou chefe de terreiro, uma pessoa que teria dons mediúnicos de incorporar os espíritos de pessoas falecidas (as chamadas entidades), sendo estes espíritos de índios(caboclos), negros escravos ou não (pretos velhos, Pai Joaquim, Pai Arruda, Tia Joana, etc), e outros. Estas incorporações costumam ocorrer em reuniões (as sessões) num aposento grande com um altar, que é chamado de Terreiro, onde os membros (filhos de santo ou cambonos) cantam, auxiliam o chefe de terreiro nos trabalhos e no atendimento de pessoas que vão lá para se consultar com a entidade. Se estas reuniões ocorrem na rua, em matas, praias, ou exteriores em geral, são chamadas Obrigações, e nestas geralmente se deixam oferendas às entidades, como comida, flores, velas, etc. Aquilo que as pessoas no Brasil designam por "macumba", na verdade é o outro ramo do sincretismo afro-brasileiro, denominado Quimbanda ou Magia Negra, considerada pelos estudiosos no assunto como um desvirtuamento, pois é fundada na prática do mal, de feitiçaria com o objetivo de prejudicar a vida de supostos "inimigos", recorrendo a espíritos como Exús, Pombagiras, Lúcifer, etc. É importante, por isso, distinguir muito bem a diferença entre Umbanda e Quimbanda. Os seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja, aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja. Os espíritos da Quimbanda podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade. Linha de Iemanjá - chefiada por Santa Maria e formada por Caboclas do Mar e dos Rios, Sereias, Marinheiros, etc. Linha de Oxóssi - chefiada por São Sebastião, formada por caboclos (índios). Linha de Ogum - chefiada por São Jorge e formada por personificações deste santo em vários setores: Ogum Beira-Mar (praias) ; Ogum Rompe-Mato (matas) ; Ogum Iára (rios), entre outros Linha de Xangô - chefiada por São Jerônimo, formada por caboclos, Inhaçã e pretos(Quenguelê). Linha Africana - chefiada por São Cipriano, formada por pretos de várias regiões da África. Linha de Oxalá - chefiada por Jesus e formada por santos católicos: Santo Antônio, São Benedito, São Cosme e São Damião, Santa Rita, São Francisco de Assis, Santa Catarina e São Expedito. Linha do Oriente - chefiada por São João Batista, formada por médicos, cientistas, Indús, Japonêses, Chineses, Árabes, entre outros . É um conjunto de leis divinas, que tem sua base nos Orixás africanos, embora tenha em sua doutrina conceitos de outras religiões, como a católica, a indígena, a muçulmana, a egípcia, a védica e outras. A Umbanda é uma religião que nasceu no Brasil, trazendo em primeiro lugar os Orixás, Deuses Africanos trazidos pêlos nossos escravos. Mais, para um melhor entendimento é preciso colocar desde o início da colonização do Brasil como ocorreu essa mistura de conceitos e religiosidade da Umbanda. A Igreja Católica, religião dominante na Europa, continente de nossos colonizadores, é representada na Umbanda através dos seus Santos, que na sua maioria são mártires que dedicaram suas vidas a propagação dos ensinamentos do Cristo. Quando os Jesuítas chegaram ao Brasil eles encontraram os nossos índios, verdadeiros Brasileiros com seus Deuses e crenças próprias, e tentaram lhes impor sua religião, foi a partir desta tentativa que começou a miscigenação destas raças, só que, ao contrário do previsto pêlos Jesuítas, os índios não esqueceram as suas práticas e sim adaptaram os ensinamentos dos Jesuítas aos seus rituais, criando-se assim a primeira mistura de religiosidade. Os colonizadores com o tempo, começaram a respeitar a religião indígena, principalmente pela atuação dos seus pajés, chefes espirituais de cada tribo, em casos de saúde, pois, como não haviam médicos, pediam a intervenção destes pajés em casos de doença. Estes pajés utilizavam ervas medicinais e rezas para afastar o mal espírito que estava se manifestando naquela pessoa através da doença, esta prática tornou-se cada vez mais usual, porém com o aumento da população, os Portugueses começaram a enviar mais missionários e médicos para interromper estas práticas, e a população começou a procurar os pajés em menor freqüência e as escondidas. Muitas mulheres desta época, se interessaram pelas ervas medicinais que os pajés utilizavam, e por não conhecer as rezas que eles faziam misturavam rezas de santos Católicos com estas ervas criando-se assim as famosas rezadeiras e curandeiras do Brasil. Por isso que a influência indígena é tão forte na Umbanda, com seus Caboclos, entidades representantes destes índios que aqui estavam quando os colonizadores chegaram. Várias raças já habitaram o planeta Terra e uma delas, a mais antiga, foi a raça vermelha que surgiu na Lemúria (África e América do Sul unidas num só continente) chamada de civilização Lemuriana. Os nossos índios são os ancentrais desta raça tão antiga e importante para a nossa Umbanda e para o mundo. A Umbanda começou a se formar na época da escravatura com a mistura dos cultos africanos e da religião Católica. Os negros não podiam praticar o seu culto livremente pois a repressão católica era muito forte e, por isso começaram a sincretizar os seus Deuses com os Santos da Igreja Católica. Com a formação de quilombos, povoados contruídos para refugiar os negros que trabalhavam como escravos nas senzalas, começou a tomar forma uma mistura de conceitos e religiosidade, pois, entre os próprios negros havia uma mistura de povos diferentes e de cultos também, entre estes negros estavam os bantos, congos, nagôs e outros que, por não terem representantes sacerdotais específicos de cada culto, acabaram por misturar seus conceitos e práticas ritualísticas. Junto àqueles quilombos estavam, também, algumas aldeias indígenas e essas interagiam com os negros, criando-se, assim, mais uma mistura de religiosidade entre povos. Sendo assim já temos três cultos distintos e interligados pêlo destino, o Católico, o Africano e o Indígena. Para representar melhor essa mistura dentro da Umbanda, veremos: os Orixás, como representantes dos Africanos e os pretos velhos dos escravos no Brasil, os santos da Igreja Católica sincretizados com esses Orixás e as rezadeiras, mulheres brancas, que misturavam as rezas católicas com as ervas e defumações indígenas para a cura de diversos males; os caboclos representantes dos índios, adaptados a esse meio, porém, conservando o seu trabalho de magia espiritual com as ervas e os elementais. Sendo a Umbanda uma religião com base espírita, pois acredita na reencarnação do espírito e na lei do carma, ela desenvolve um trabalho de ajuda espiritual, através dos médiuns, aparelhos de trabalho das entidades, guias que trabalham na caridade, nas giras de Umbanda, ensinando-nos a amar ao próximo, a ter fé e não nos desesperar diante dos problemas que a vida nos trás. Possui na sua liturgia os rituais : casamento, batismo, confirmação, amaci, coroação e fúnebre. Todos esses rituais são realizados por entidades chefes, que são os responsáveis pela liturgia e magia na Umbanda. A Umbanda cultua alguns Orixás do Candomblé, religião Africana que foi trazida para o Brasil pelos escravos, porém sua forma de cultuar é completamente diferente. Os Orixás que foram incorporados a Umbanda são: Oxalá, Ogum, Xangô, Oxosse, Obaluaê, Oxúmarê, Yemanjá, Oxum, Iansã, Ossanyn e Nanã. Na Umbanda, os Orixás são dados as pessoas como guardiões, isto é, todos são filhos de Oxalá, e alguns tem como guardiões outros Orixás que são ligados a entidade chefe do filho de fé. Como seria isso, nós temos os nossos guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o responsável pela nossa vida espiritual e por isso é chamado de guia chefe, pode ser um caboclo, preto velho, criança, boiadeiro e até um exu, sendo que, no caso de ser um Exu, esse médium deve ser bem espiritualizado e o Exu bem doutrinado. Um médium descobre o seu guia chefe através de uma obrigação muito importante para a Umbanda, que é o Amací. Essa obrigação é para médiuns já desenvolvidos, isto é, que incorporam todos os guias de trabalho na Umbanda. Consiste em uma lavagem da cabeça deste médium com um preparado de ervas e outros elementos que tornarão o Orí, cabeça, forte o suficiente para que esta entidade se apresente e confirme seus fundamentos, seu nome, o trabalho que veio desenvolver, seus fundamentos e o Orixá a que pertence, por exemplo: um médium que tem como guia chefe o Caboclo Ventania que vem pela linha de Xangô, terá este Orixá como guardião. Existe, também, na Umbanda o Orixá ligado a data de nascimento do médium que também é considerado um Orixá guardião, sendo esse responsável pela vida pessoal do filho de fé. O termo Orixá de Coroa não pertence a Umbanda, e sim ao Candomblé, porém as vezes existe a conscidência do Orixá de coroa ser o mesmo do Orixá guardião, mas, como já disse, isso é uma conscidência a Umbanda não trata Orixá e sim o cultua de forma diferente do Candomblé e, por não cultuar todos os Orixás não pode definir Orixá de coroa. Para se saber o Orixá de coroa deve-se consultar os búzios. O que acontece é que muitas vezes os Zeladores de Umbanda são, também, iniciados no Candomblé e sabem jogar os búzios podendo, assim, falar aos seus filhos os Orixás de coroa e os Orixás guardiões. Esta prece exemplifica claramente no que está fundamentada a crença da Umbanda.
CREDO ESPÍRITA
Creio em Deus, Pae Todo Poderoso, Inteligência Suprema do Universo e Causa Primária de todas as cousas. Imutável, Único, Justo e Bom e, em Jesus Cristo, que por Ele nos foi enviado para dar-nos o exemplo de Humildade, Justiça, Amor, Caridade; que desceu a este planeta de expiação onde foi crucificado, para que pudesse espargir sobre a humanidade Sua Luz Bendita, farol que iluminará pela consumação dos Séculos. Creio no Progresso Espiritual, na alta Filosofia Espírita, na Comunicação dos Espíritos, no Regaste de Nossas Faltas, na Imortalidade da Alma e na Lei da Reencarnação.

domingo, 8 de junho de 2008

Oxalufan , Oxaguian

OXALUFAN
Oxalá, Orixalá ou Oxalufan é a primeira forma de orixá que foi criada por Zumbi, no início dos tempos, sendo associado ao ar, que existia antes da criação da Terra, e também à água do início da existência. Oxalufan está ligado à cor branca, ou incolor, sendo o primeiro na hierarquia dos fun-fun (os que vestem branco).Detém o axé da criação de todos os seres da Terra, representando a fertilidade masculina.Está ligado à gênese do universo e foi o primeiro orixá criado por Olorun. Representa a maturidade, a sabedoria e o equilíbrio. Veste-se inteiramente de branco, sendo responsável pela manutenção da paz e da tranqüilidade entre os seres criados. Na mitologia africana, é considerado o pai de todos os orixás e de todos os seres vivos, sendo, por esse motivo, constantemente reverenciado em festas públicas e diversos rituais.Está sempre presente nas antigas lendas, representando a figura veneranda de um pai. Sua posição é muito destacada, tendo o respeito de todos os orixás, que se curvam à sua presença.Oxalufan, com seu cajado ou opaxoro, separou a Terra e o céu, que, no início dos tempos, estavam no mesmo nível de existência. Os três pratos, que fazem parte do cajado, simbolizam a sua supremacia sobre os mundos dos seres humanos, dos eguns (paralelo) e dos orixás. O pássaro, que está pousado na ponta do opaxoro, é um mensageiro que faz a ligação entre esses mundos. Com esses pratos, Oxalá carrega e distribui o alimento sagrado para todos os seres humanos e encantados. Os pingentes, que estão presos a eles, simbolizam os presentes que lhe eram ofertados nos diferentes lugares por onde passou em suas caminhadas pelo mundo. Esse orixá, assim como Nanan, é bem-vindo em todos os reinados.O raciocínio é a grande contribuição desse orixá para os seres humanos, diferenciando-o, assim, dos animais. Todos os orixás que vestem branco, ou fun-funs (mesmo Ogun ou Oyá), herdaram esse dom de Oxalá de uma forma mais intensa, e o transferiram para seus filhos na Terra, que, por esse motivo, possuirão um pensamento engendrado e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência.O alá é um outro símbolo de Oxalufan, que consiste num pano branco usado para protegê-lo do calor, bem como abrigar, sob sua proteção, todos os seres criados. Serve também para representar a separação entre a Terra e o céu.Muitas vezes, esse orixá é apresentado como um velho, todo curvado e retorcido precisando ser amparado por ekédes e ogans, por não poder andar. O fato de Oxalufan ser o orixá mais antigo não justifica essa postura, pois a idade cronológica.Se consultarmos a mitologia africana, veremos que Oxalá empreendeu grandes caminhadas pelo mundo e, como soberano que era, não se curvava a ninguém (com raras exceções, como foi mostrado na lenda de Oxun).As pessoas que nascem com defeitos físicos e mentais, ou os adquirem antes dos nove anos, serão protegidos por Oxalá, pois houve algum erro na formação desses seres.Podemos pedir a misericórdia desse orixá nos casos acima e para salvar pessoas com doenças graves e casos terminais.A teimosia e obstinação são a marca de Oxalufan, o que lhe traz a possibilidade de grandes feitos ou muitos dessabores.
OXANGUIAN
ste orixá, também carrega as cores azul e vermelha, além do branco. Isso deve-se ao fato de possuir uma grande ligação com o orixá Ogun. Todo iniciado na cultura desse orixá, além do seu assentamento, deve ter também um assentamento para Ogun.Oxanguian é o único orixá fun-fun que guerreia, usando para isso uma espada e um escudo que recebeu de Ogun. Além do raciocínio, esse orixá usa o artifício da guerra em determinados momentos. Essa guerra não deve ser interpretada ao pé da letra, mas, sim, num sentido mais abrangente, como, por exemplo, na luta pela sobrevivência.Foi um grande estrategista, não entrando numa guerra sem antes pensar muito bem nos prós e nos contras, a fim de não pôr em risco seus exércitos. Evitava ao máximo o confronto, tentando sempre resolver os problemas de outra maneira; mas, se os argumentos não adiantavam, entrava na guerra lutando até o final, custasse o que custasse. Para ele, era tudo ou nada.Este orixá, também carrega as cores azul e vermelha, além do branco. Isso deve-se ao fato de possuir uma grande ligação com o orixá Ogun. Todo iniciado na cultura desse orixá, além do seu assentamento, deve ter também um assentamento para Ogun.Oxanguian é o único orixá fun-fun que guerreia, usando para isso uma espada e um escudo que recebeu de Ogun. Além do raciocínio, esse orixá usa o artifício da guerra em determinados momentos. Essa guerra não deve ser interpretada ao pé da letra, mas, sim, num sentido mais abrangente, como, por exemplo, na luta pela sobrevivência.Foi um grande estrategista, não entrando numa guerra sem antes pensar muito bem nos prós e nos contras, a fim de não pôr em risco seus exércitos. Evitava ao máximo o confronto, tentando sempre resolver os problemas de outra maneira; mas, se os argumentos não adiantavam, entrava na guerra lutando até o final, custasse o que custasse. Para ele, era tudo ou nada.Um símbolo característico da indumentária desse orixá é o pilão, com o qual amassa o inhame, sua comida preferida. Existem algumas festividades que homenageiam essa qualidade de orixá, dentro do ciclo das águas de Oxalá, com o nome de Pilão de Oxanguian.É o orixá da fartura, da riqueza e do raciocínio pleno.Assim como os outros orixás fun-fun, seus elementos são a água e a terra, e seu metal é a prata.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALUFAN
filhos de Oxalá são pessoas muito tranqüilas, com tendência à calma, inclusive nos momentos mais difíceis.São amáveis e prestativos, mas nunca subservientes, pois não se rebaixam a ninguém.Sabem argumentar muito bem, convencendo qualquer pessoa de suas intenções.Adoram limpeza e organização, sendo perfeccionistas em tudo que fazem, às vezes chegando ao exagero. Exigem, com veemência, a mesma postura das pessoas que o cercam.Geralmente essas pessoas aparentam mais idade do que realmente têm, devido ao seu amadurecimento precoce.Usam o raciocínio para resolver seus problemas, sendo esse o seu ponto forte, por isso, não são dados a explosões emocionais.Não gostam de mudanças, preferindo a rotina de uma vida tranqüila do que uma aventura sem garantias. São lentos em suas decisões, pensando muito antes de agirem. Mas, quando tomam uma decisão, são persistentes e perseverantes.São muito reservados em seus sentimentos e raramente orgulhosos.Sendo geralmente comunicativos e carismáticos, atraem muitos admiradores e amigos, que se sentem protegidos ao seu lado.Gostam de canalizar tudo em volta de si, como um grande pai.Dificilmente, um filho de Oxalá deixa sem auxílio uma pessoa conhecida. Nessas atitudes de solidariedade, eles assumem alguns riscos, e, não raras vezes, acabam prejudicados.Confiam demasiadamente nas pessoas, sempre vendo seu lado positivo, por isso correm um sério risco de serem enganados.Seu maior defeito é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções.Adoram assuntos polêmicos, expondo seus pontos de vista a quem quer que seja.Um outro aspecto negativo na personalidade dessas pessoas é fugir de determinados problemas, deixando as coisas chegarem a um limite insuportável.Todos os filhos de Oxalá apresentam um porte majestoso ou, no mínimo, digno.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXANGUIAN
filhos de Oxanguian, ao contrário de Oxalufan, são muito nervosos, chegando ao extremo da irritação, mesmo sem ser provocados. Isso geralmente acontece quando sua própria vida não anda bem.São inquietos e arredios.Emocionalmente, são muito inocentes e facilmente manipulados pelo sexo oposto. Precisam de companheiras que lhes digam o que fazer em determinadas situações da vida.São muito dependentes e carentes, exigindo muita atenção.O semblante dos filhos de Oxanguian é muito jovem, dificilmente lhe revelando a idade. Quando estão felizes, são alegres e divertidos, procurando agradar a todos que o cercam.Não são nada reservados, contando fatos de sua vida e, até mesmo, algumas intimidades, para qualquer pessoa.Os filhos de Oxanguian têm muita sorte, pois dificilmente alguém não lhes estende a mão quando estão necessitados. Geralmente, possuem muita fortuna e sabem o que fazer para conquistá-la.Adoram pensar e refletir bastante, antes de se arriscarem em alguma nova experiência. São excelentes estrategistas.Para eles não existe meio termo, embora seu Odú, ou presságio de Ifá ( Ejonile), represente o equilíbrio e esteja exatamente no meio dos dezesseis.
LENDA DE OXALUFAN (A CRIAÇÃO DA TERRA)
Zumbi, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no início dos tempos) e das primeiras águas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi chamado Oxalá. Logo em seguida, criou um outro orixá que possuía o mesmo poder do primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Zumbi de criar o universo.Oxalá passou a representar a essência masculina de todos os seres, tornando-se o lado direito de Zumbi. Nanan, por sua vez, teria a essência feminina, e representaria o lado esquerdo. Outros orixás também foram criados, formando-se um verdadeiro exército a serviço de Zumbi cada um com uma função determinada para executar os planos divinos.Exú foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligação entre todos os orixás, e deles com Zumbi Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro, pois é ele quem leva as mensagens e carrega os ebós.Zumbi confiou à Oxalá a missão de criar a Terra, investindo-o de toda a sabedoria e poderes necessários para o sucesso dessa importante tarefa. Deu a ele uma cabaça contendo todo axé que seria utilizado.Oxalá, orgulhoso por ter recebido tamanha honraria, achou desnecessário fazer as oferendas a Exú.Exú, vendo que Oxalá partira sem lhe fazer as oferendas, previu que a missão não seria cumprida, pois, mesmo com a cabaça e toda a força do mundo, sem a sua ajuda não conseguiria chegar ao local indicado por Zumbi.A caminhada era longa e difícil, e Oxalá começou a sentir sede, mas, devido à importância de sua missão, não podia se dar ao luxo de parar para beber água. Não aceitou nada do que lhe foi oferecido, nem mesmo quando passou perto de um rio interrompeu a sua jornada. Mais à frente, encontrou uma aldeia, onde lhe ofereceram leite de cabra para saciar sua sede, que também foi recusado.Todos os caminhos pareciam iguais e, depois de andar por muito tempo, sentiu-se perdido. De repente, ele avistou uma palmeira muito frondosa, logo à sua frente, Oxalá, já delirando de tanta sede, atingiu o tronco da palmeira com seu cajado, sorvendo todo o líquido que saía de suas entranhas (era vinho de palma). Embriagado pela bebida, desmaiou ali mesmo, ficando desacordado por muito tempo.Exú avisou Nanan que Oxalá não havia feito as oferendas propiciatórias, por isso não terminaria sua tarefa. Ela, agindo por contra própria, resolveu consultar um babalawô para realizar devidamente as oferendas. O sacerdote enumerou uma série de coisas que ela deveria oferecer, entre elas um camaleão, uma pomba, uma galinha com cinco dedos e uma corrente com nove elos. Exú aceitou tudo, mas só ficou com a corrente, devolvendo o restante à Nanan, pois ela iria precisar mais tarde. Outros sacrifícios foram realizados, até que Zumbi a chamou para procurar Oxalá, que havia esquecido o saco da criação com o qual criaria a Terra. Nanan, após terminar suas oferendas, foi atrás de Oxalá, encontrando-o desacordado próximo ao local onde deveria chegar.Ao saber que Oxalá havia falhado em sua missão, Zumbi ordenou que a própria Nanan prosseguisse naquela tarefa com a ajuda de todos os orixás. E assim foi feito. Nanan pegou o saco da criação e o entregou à pomba, para que voasse em círculo. A galinha com cinco dedos foi solta, para espalhar aquela imensa quantidade de terra, e, finalmente, o camaleão arrastou-se vagarosamente, para compactá-la e torná-la firme.Quando Oxalá acordou, viu que a Terra já havia sido criada, e não o fora por ele. Desesperado, correu até Zumbi, que o advertiu duramente por não ter reverenciado Exú antes de partir, julgando-se superior a ele. Oxalá, arrependido, implorou perdão. Zumbi, sempre magnânimo, deu-lhe uma nova e importantíssima tarefa, que seria a de criar todos os seres que habitariam a Terra. Desta vez ele não poderia falhar!Usando a mesma lama que criou a Terra, Oxalá modelou todos os seres, e, insuflando-lhes seu hálito sagrado, deu-lhes a vida.Desta forma, Nanan e Oxalá desempenharam tarefas igualmente importantes, juntamente com a valiosa ajuda de todos os orixás, que possibilitaram o surgimento deste novo e maravilho mundo em que vivemos.