quarta-feira, 20 de maio de 2009
Cemitério
linhas da Umbanda
1ª. LINHA: OGUM
Como já vimos, Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem soldados.
1. Falange de Ogum Beira-Mar
Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada, enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas.
Aceitam oferendas com velas nas cores branca, verde, vermelha e azul-clara.
2. Falange de Ogum Rompe-Mato
Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi (Ode) e Ossãe, nas matas.
Ogum das Pedreiras trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma falange que trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Rompe-Mato aceita suas oferendas na entrada da mata, nas cores verde, vermelha e branca, sendo a vela vermelha. Ogum das Pedreiras aceita suas oferendas em torno das pedreiras, nas cores verde e vermelha (misturadas geram o marrom), com velas nas mesmas cores.
3. Falange de Ogum Megê
É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios, rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua oferenda será em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga pequena).
4. Falange de Ogum Naruê
Seu nome significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”.
Trabalhando diretamente na Linha das Almas, desmanchando a magia negra, controla as almas quibandeiras. Aceita suas oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios, nas cores branca e vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe.
5. Falange de Ogum Matinata
Com poucos médiuns que o incorporam, sua falange protege os campos de Oxalá, os locais abertos, floridos e iluminados. Mas não trabalha directamente para esse Orixá. Aceita suas oferendas nos campos floridos, nas cores vermelha e branca.
6. Falange de Ogum Iara
Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Suas oferendas deverão ser entregues na beira de rios, lagos ou cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e branca ou verde e branca.
7. Falange de Ogum Delê (ou de Lei)
“Aquele que Toca o Solo”; como seu nome significa, é uma falange que vibra na linha pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no carma e sua cobrança, rondando o mundo. Suas cores são vermelha e branca e suas oferendas podem ser em qualquer lugar, ao ar livre.
Oferendas: todas as falanges citadas recebem velas nas cores indicadas, cravos vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre um pano branco.
Ervas: as mais comuns são espada-de-são-jorge, losna, jurubeba, comigo-ninguém-pode, romã.
2ª. LINHA: XANGÔ
1. Falange de Xangô Caô
Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua cor é o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho.
2. Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê)
Seu nome vem do título dado ao rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral, atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.
3. Falange de Xangô Alufã
O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas pedras dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos pescadores. Suas velas são o marrom e o branco.
4. Falange de Xangô Agodô
Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda a espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”.
5. Falange de Xangô Abomi (ou Abomim)
“Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas montanhas, nas cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de aflições e perdas, inclusive no casamento. Sua cor é o marrom e, nos casos de amor, oferece-se junto uma vela para Iemanjá.
6. Falange de Xangô Aganjú
É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras da cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o branco e o marrom.
7. Falange de Xangô Djacutá
Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios, sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as vítimas desses abusos.
Suas cores são o branco e o marrom.
Oferendas: Além das já citadas anteriormente, dedicadas ao Orixá, basicamente consistem de velas, nas cores indicadas, charutos, fósforos, cerveja preta, rosas ou lírios brancos.
Ervas: folhas de eucalipto, manga, goiaba, camaná, alecrim e limão.
3ª. LINHA: OXÓSSI
Toda a parte doutrinária e evangélica, com fins de trazer fé às almas desgarradas no mal, interferindo nos males psíquicos e físicos, pertencem a essa falange. Daí, por trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de caçador de almas. Rege também a disciplina e obediência.
1. Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas
Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencem a antigas civilizações indígenas (maias, astecas, incas, etc).
Falam estranhos “dialetos” quando “descem”. Nessa falange, entre os itens básicos que citaremos adiante, entram incenso queimado, folhas de alecrim e alfazema frescas.
2. Falange do Caboclo Araribóia
Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos injustiçados no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando nas matas das montanhas. Gostam de flores variadas.
3. Falange da Cabocla Jurema
Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais, pessoas e na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito mel nas oferendas, fitas coloridas, menos o preto.
4. Falange dos Caboclos Guaranis
São guerreiros. Defendem as matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os guaranis estão, impõe a paz, daí serem chamados de “Falange da Paz”. Nunca recebem mel em suas oferendas.
5. Falange dos Caboclos Tamoios
Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou “bumba na calunga”, vencendo a feitiçaria.
Trazem as almas ao bem, daí serem os “caçadores de almas”, na atribuição legítima das falanges de Oxóssi. A ela pertencem Muiraquitã e Grajaúna. Apreciam folhas de arruda em suas oferendas, guiné, rosas de qualquer cor e muito mel.
6. Falange dos Caboclos Tupis
São os conhecidos Tatauys, conhecidos por serem muito ágeis, bons caçadores, muito brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor.
7. Falange do Caboclo Urubatã
São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas suas oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a única falange que recebe outra cor, além do verde.
4ª LINHA: IEMANJÁ
Nessa falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios), agrupadas com os nomes de janaínas, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade, misericórdia e amor.
1. Falange da Sereia do Mar
Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água. Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Aceitam as tradicionais oferendas a Iemanjá, entregues para serem levadas ao fundo dos mares, lagos ou rios.
2. Falange da Cabocla Iara
Dominam a força nascida do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas ao Orixá Ogum. É também o nome das entidades chefes da falange conhecidas como Caboclas do Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e uma verde, vermelha e branca, para Ogum.
3. Falange da Cabocla Nana
A Cabocla Nana Burucum é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham na beira das fontes e trazem uma vibração capaz de proporcionar paz e compreensão nos lares.
Protegem as actividades ligadas ao ensino, como o magistério. Sua vela será clara e lilás, ao Orixá Nana.
4. Falange da Cabocla Iansã
A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha sob os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande resistência nas dificuldades da vida. Aceitam velas azuis-claras e vermelha e branca ao Orixá Iansã. Podendo ser entregues junto às oferendas de Xangô nos bambuzais ou na beira de cachoeiras, longe da queda d’água.
5. Falange da Cabocla Oxum
As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a matéria-prima para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua falange, os fluidos benfeitores são trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o prana ou fluido cósmico universal. Sua vela será azul-clara e amarela, dedicada ao Orixá Oxum.
6. Falange da Cabocla Indaiá
Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Yori, ou seja, a Falange de Cosme e Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e vibrante das crianças. Suas velas serão azuis-claras e rosas.
7. Falange da Cabocla ou Sereia Janaína
Estão sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação.
Ligam-se muito ao Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas.
Oferendas: basicamente, todas as falanges de Iemanjá aceitam sobre pano branco e azul-claro, fitas azuis, espelhos, pentes, perfumes de seiva de alfazema ou seiva de rosas, flores brancas ou azuis, rosas, lírios, mel, guaranás ou bebidas doces e delicadas. A Falange da Cabocla Iansã recebe cerveja preta como bebida. Observa-se que as cores das velas e algumas observações
variam da bibliografia, com fins de uniformizar com as cores utilizadas na Umbanda, e não no Candomblé.
Ervas: lágrimas-de-nossa-senhora, camomila, espada-de-iansã, folhas de bambu e qualquer planta aquática.
5ª. LINHA: YORI
Yori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção, quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação próxima. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à comunhão, lá estará a Linha de Yori que, por essa bela qualidade, domina as energias mais sublimes do plano espiritual.
Uma criança brincando, em um trabalho, não é uma atividade infrutífera, como pensam alguns. É uma entidade que sabe perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de descarrego de tudo o que está em volta.
1. Falange de Tupanzinho (Idolu ou Idossu)
São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os lenhadores e animais. Gostam, nas oferendas, de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela rosa.
2. Falange de Doum
São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos. Cruzam-se com a Linha de Yorimá (dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em jardins e praças.
3. Falange de Alabá
Cruzam-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam farda. Suas oferendas são
próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem muito essa falange.
4. Falange de Dansu
Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados em suas bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras.
5. Falange de Sansu
Legião de entidades que se apresentam como meninas, distribuidoras de ternura, vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devem ser entregues a elas: conchinhas e estrelas-do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens da oferenda.
6. Falange de Damião
Cruzam-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram, de preferência, nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas.
7. Falange de Cosme
São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam.
Alimentam-nas com fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse alimento.
Oferendas: Apesar de diferentes, as falanges de Yori incluem, em suas oferendas, muito mel, doces em geral, balas, pirulitos, brinquedos, fitas na cor rosa e nas cores com os quais cada falange se cruza, velas na cor rosa, guaranás, flores brancas e gostam muito de bicos (chupetas) azuis ou rosas, de acordo com a falange ou entidade reverenciada (se meninas ou meninas, ou ambos).
Ervas: folhas de manjericão, amoreira, alfazema, alecrim, trevo.
6ª. LINHA: YORIMÁ
Seu nome significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da vida. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há esperanças. São os Pretos-Velhos.
1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)
Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito amor. Suas oferendas são entregues nas praias.
2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)
Com Yori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada, vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às crianças.
3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)
Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será roxa, a cor mística por excelência.
4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)
Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério), profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males. Recebem suas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.
5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)
Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.
6. Falange do Povo de Luanda (Pai José)
Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no cruzeiro de cemitério.
7. Falange de Bengala (Pai Tomé)
Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e floridas.
Oferendas: cada Preto-Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com lingüiça picada e comidas típicas do interior e da época em que viveram.
Ervas: arruda, guiné, benjoim, cipreste, folhas de café, alfavaca e vassourinha branca.
7ª. LINHA: OXALÁ
É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais. Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da paz e do amor. Suas falanges são:
1. Falange de Ogum Delê (Ogum)
2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô)
3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi)
4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá)
5. Falange de Cosme (Yori)
6. Falange do Povo de Bengala (Yorimá)
7. Falange dos Caboclos de Oxalá
Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada guia-chefe assume perante a Umbanda.
Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira, trevo e café.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Ponto riscado
domingo, 12 de abril de 2009
O que são Pontos cantados?
Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).
Em tempos imemoriais, o homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio consciencioso, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.
Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.
A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.
Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.
Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual.
Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins. No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os ceita, desde que pautados na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe.
Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores Umbandistas.
Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação;Pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá e outros mais, consoante à finalidade a que se destinam.
Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.
O que ocorre no “lado de Lá” enquanto cantamos os pontos? Segundo o Espírito Angelo Inácio: Os cânticos, além de identificarem cada Espírito que se manifesta, servem igualmente como condensadores de energia, uma espécie de Mantra, que são palavras consagradas por seu alto potencial de captação energética. É a Força Mágica da Umbanda.
Observei o ambiente Espiritual da Tenda. À medida que o povo cantava em ritmo próprio, parecia que imensa quantidade de Energia Luminosa ia se formando por cima da Assistência, segundo o “Ponto” cantado.
De cores variadas, as energias iam se aglutinando na psicosfera ambiente e depois eram absorvidas pelas Auras de quantos ali estavam, além de agregarem em torno do Gongá. O fenômeno era maravilhoso de se ver. Em meio ao redemoinho de energias, Espíritos que se manifestavam na forma de Crianças canalizavam esses recursos para os Assistentes, que estremeciam ao receber o choque energético. Eram os fluidos que os atingiam e desestruturavam as criações mentais inferiores, os miasmas e os demais parasitas que se encontravam nas Auras dos participantes.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Significado dos Sonhos
Nós temos em nossa vida de seis a oito horas de sono por dia, isso multiplicado por trezentos e sessenta e cinco dias e depois vezes setenta anos, que é a média de vida de um ser humano, chegaremos a conclusão que se trata de muito tempo, mais ou menos 23 anos dormindo. É fácil de se fazer esta conta, um terço de nossa vida estamos dormindo, daí uma pessoa que tem trinta anos, dez anos de sua vida foi passado dormindo, o sono é uma forma biológica de se descansar o corpo e se refazer energias, este tempo todo não é desperdiçado só para descanso do corpo. Após o sono se iniciar, temos uma faze em que estamos meio acordados e meio dormindo, o nosso corpo já está em descanso, mas ele está revendo os acontecimentos que se passaram durante o dia, nesta faze o nosso celebro recebe do corpo e do espírito informações de fatos acontecidos naquele dia que marcaram, preocupações, coisas que deixamos sem resolver, são como se você estivesse vendo pequenos pedaços de filme, sem seguimento e sem continuidade, são lembranças, o corpo participa destas lembranças com a memória dos lugares, as visões, o espírito participa com as preocupações do dia a dia que foram de certa maneira mal resolvidas. Toda esta faze do sono acarreta pequenos sonhos em nossa memória, você falando ou andando, ou caindo, ou sendo assaltada, os medos nossos que ficam expostos, o nosso subconsciente vem a tona através do espírito, nossos maiores receios, são colocados em evidência pelo espírito, isto acaba ocasionando um sonho, nosso celebro é uma espécie de processador de um computador em forma biológica, ele repassa informações para que possamos dormir um sono mais profundo, para que neste sono mais profundo nosso corpo realmente descanse, neste estado mais profundo do sono o nosso espírito não tem necessidade de descansar seu corpo. O corpo de um espírito é formado pelo perispírito, que é pura energia, este perispírito fica preso ao corpo em descanso e o espírito sai, por isso que muitas vezes sonhamos que estamos ao nosso lado nos vendo, às vezes por cima e às vezes no pé da cama, nesta hora o nosso espírito esta se desligando de nosso corpo e deixando o perispírito ali, tudo que o espírito vê e ouve, os acontecimentos que se passaram dali por diante naquela noite serão transmitidos ao perispírito, que por sua vez deixará marcas brandas nos neurônios do celebro no corpo. A intensidade destas marcas no celebro formarão uma memória um conjunto de impressões, quanto mais impressões forem deixadas, mais detalhes serão lembrados. Nosso corpo é muito rústico, muito pesado, nosso espírito tem que querer tem que ter vontade que lembremos de suas experiências durante a noite, para isso ele usa energias espirituais, com sua força espiritual ele consegue se quiser e se for permitido pelos espíritos que lhe acompanham, nos dar uma nítida lembrança de tudo que houve em sua jornada, estas lembranças só são permitidas na integra quando se trata de ajudar, ou interferir em um acontecimento. O sonho portanto em seu estado mais profundo é a libertação do espírito para que ele se livre por algumas horas do peso de carregar nosso corpo, estar preso ao nosso corpo, nesta libertação nosso espírito tem possibilidade de participar de reuniões com outros espíritos, ser acalentado por outro espírito por algum problema que esteja passando em sua vida física, uma tragédia por exemplo, ele recebe conselhos espirituais, tem a vivencia espiritual igual a um espírito desencarnado, procura aprender mais, procura se informar de tudo que acontece a sua volta, visita pessoas que estão encarnadas, é por isto que as vezes acordamos com algum pressentimento. Uma mãe que ama seu filho ou filha tem o pressentimento desta maneira sobre alguma coisa de incomum que está acontecendo com seu filho que está às vezes muito distante, estes pressentimentos são impressões que foram deixadas durante a noite pelo espírito diretamente no celebro através de seu perispírito. Os jogos com números, as adivinhações de bichos em loterias, as previsões de acontecimentos futuros são pura coincidências que acontecem às vezes, uma pessoa sonha que está andando de bicicleta e joga no cavalo, isso não tem razão nenhuma de ser, não tem fundamento, Deus não permite de forma nenhuma que uma pessoa saiba do futuro, ou tenha revelação de seu futuro, porque ele ainda não aconteceu, ele ainda não existe, o nosso futuro tem milhões de possibilidades de acontecimentos e pode a todo instante ser mudado, nós plantamos o nosso futuro. No espiritismo não se acredita em adivinhações e previsões, tudo que acontece com o ser humano durante sua vida, já está de certa forma traçada, mas de uma maneira diferente, quando nos reencarnamos aqui na terra temos a chance de reparar um erro em que cometemos em outra existência, e também a chance de nos evoluirmos, estes erros ocasionam karmas espirituais, situações em que teremos de enfrentar aqui em nossa vida que já estão predestinadas, por exemplo, um pai que abandonou seus filhos, que os fez sofrer, ou batia constantemente, em uma nova reencarnação este pai vai sofrer os mesmos momentos que ele infligiu aos seus filhos, para que seu espírito compreenda que aquilo que ele fez foi errado e causou sofrimento a outras pessoas. Se em uma existência anterior uma pessoa foi pobre, sua vida foi coroada de amor ao próximo, seus atos revelaram um grande ser humano, ela desencarnou, logo em uma próxima existência possivelmente este mesmo espírito vai reencarnar, e de alguma maneira já predestinado a ganhar um prêmio de loteria ou nascer já em um berço de ouro, mas toda esta transformação não é um presente, mas sim um teste para se ver se este espírito vai se comportar da mesma maneira, com amor ao próximo, um teste infligido muitas vezes por Deus, porque é mais fácil passar pelo teste da cobiça, da avareza, e da falta de fé sendo pobre. Com uma pessoa que grandes posses a facilidade de se cair em tentações e de se fechar em seu próprio mundo, deixando as coisas de Deus de lado, é maior, é mais fácil o espírito decair porque tudo lhe vem a mão, sem o suor.
Espiritismo e Homossexualismo
HOMOSSEXUALISMO
Dentre os livros de Allan Kardec, dificilmente se encontra alguma referência sobre o homossexualismo, pode ser que naquela época este assunto não estava em evidência como hoje em dia, a liberdade sexual, os nossos filhos quando chegam a adolescência com as várias informações que eles tem na tv e internet, com alguns apresentadores de programas que estão na mídia hoje em dia que são claramente homossexuais, também astros da música e cinema declarando publicamente sua homossexualidade, isto acaba ocasionando nas cabeças de nossos filhos uma falta de parâmetros em saber o que é certo ou errado. Mesmo nosso querido Chico Xavier, que eu respeito muito e gosto do seu trabalho, no vídeo que está em anexo a esta postagem ele da a impressão que o homossexualismo é uma forma correta de se usar as nossas potencialidades. Desculpem-me, amigos, eu na minha infinita falta de inteligência e evolução espiritual, tenho certeza que o homossexualismo não é correto e me posiciono contra a quem tentar dizer ao contrário, mesmo sendo um médium de tanto prestigio. Os homossexuais têm este caminho por um desvio de comportamento, um problema de infância, falta de afeto por parte da figura paterna, convivência em lares desestruturados, falta de discernimento do que é certo ou errado, geralmente o homossexual guarda magoas contra alguém, muitos se envolvem com drogas, boates, vida noturna, companheiros que também são homossexuais, geralmente eles tem problemas com antigos assuntos pendentes, recalcamento, medo de se aproximar de uma mulher, complexo de inferioridade, vaidades com as roupas e com o corpo. Enfim isso não é de Deus, estes sentimentos são em sua maioria negativos e geram outros ainda mais negativos, o espírito está escurecido, não há sentimentos puros e sinceros, nosso criador nos criou o homem e a mulher, o homossexual foi a nossa sociedade que criou. No espiritismo devemos ter muita certeza do que escrevemos, devemos pensar e refletir devemos ter certeza de que o que estamos escrevendo não vem de uma transmissão mental de um espírito sem luz, temos que ter muito cuidado com o que estamos transmitindo aos nossos amigos leitores, um exemplo a mais para você entender o que estamos tratando, em um site famoso na internet, foi publicada uma entrevista com um médium que já tem alguns livros editados, (Centro de estudos Virtuais do Espiritismo- cvdee), neste site já se tem a comunicação que eles não tem a responsabilidade sobre os assuntos ali tratados e entrevistas ali publicadas, mas como pode ser isso, se foi publicado no site ele tem sim a responsabilidade pelos rumos do espiritismo, tem uma parcela de culpa por tudo que for transmitido aos leitores de forma errada. Bom mas iremos a entrevista que foi publicada, o autor em sua resposta diz que o espírito se alimenta de verduras e frutas, tem uma alimentação leve, vegetariana, isso é o cumulo da ignorância, onde um espírito vai se alimentar, se o espírito é pura energia e não tem matéria, o alimento é matéria e o espírito não precisa de matéria, seu corpo é imaterial e se alimenta sim mas dos fluídos e energias que estão espalhados pelo planeta terra e pelo cosmo. Por exemplo, se você é uma pessoa que tem ódio e raiva em seu coração, você vai externar energias negativas que por sua vez vão ser capturadas por algum espírito que esteja no plano negativo, se você sentir amor, sentimentos de fraternidade e caridade, da mesma forma os espíritos em sua volta, também vão se servir das energias que estão no ar.Gestação e Espirito
terça-feira, 31 de março de 2009
Vivendo o Tao....O verdadeiro "Eu"
"O discípulo perguntou “Mestre, o que é exatamente o verdadeiro eu?” O sábio respondeu:”Em última análise, seu verdadeiro eu é o Tao, e o Tao é você.” “Acho muito difícil acreditar nisso, Mestre. O Tao é grande, e eu insignificante. O Tao é poderoso, e eu não tenho mais do que um pequena força. O Tao é ilimitado, e eu possuo muitas limitações. O Tao está em toda parte, eu só posso estar em um lugar. Tanto quanto possa perceber, eu e o Tao somos completamente diferentes. Como pode dizer que em última análise eu sou o Tao, e o Tao sou eu?" Em lugar de responder diretamente, o sábio deu uma tigela ao discípulo, e disse: “Vá até o rio que passa aqui perto, traga um pouco de agua nesta tigela e continuaremos a discussão.” O discípulo cumpriu a tarefa e voltou. O sábio olhou a tigela e falou bravo: “Eu não disse para trazer agua do rio? Esta não pode ser.” O discípulo não entendeu a desaprovação. “Mas é, Mestre. Eu peguei esta agua colocando a tigela no rio. Eu garanto com certeza que esta agua é do rio.” “Eu conheço muito bem o rio” disse o sábio. “No rio há muitas espécies de peixes, mas não vejo nenhum peixe nesta agua. Muitos animais vão ao rio beber, mas não vejo nenhum animal na tigela. Muitas crianças da vila brincam nas partes rasas do rio, e também não vejo crianças aqui. Portanto, esta agua não pode ser do rio.” “Mestre, isto é apenas uma pequena quantidade de agua – naturalmente não pode conter todas essas coisas!” “Ah, eu compreendo”, disse o sábio. “Bem, neste caso, jogue esta agua de volta no rio.” O discípulo saiu com uma expressão desorientada no rosto. Não podia compreender o que fizera o sábio agir de forma tão estranha. Completou sua tarefa e voltou. O sábio perguntou “A agua está de volta no rio?” O discípulo inclinou a cabeça para confirmar. “Muito bem”, disse o sábio. “Essa pequena quantidade de agua que colocou de volta no rio agora é a mesma agua que toca os peixes, os animais e as crianças. De fato, todas as propriedades do rio agora se aplicam à agua que estávamos olhando agora a pouco.” “Pense no rio como Tao e a agua na tigela como seu verdadeiro eu. Sob um ponto de vista limitado, a agua parece ser muito diferente do rio. É compreensível que alguém possa ser levado a acreditar que os dois não são e nunca poderão ser a mesma coisa. O rio é muito maior do que a tigela de agua, da mesma forma que o Tao é muito maior que um ser humano.” "Depois de trazer a agua do rio, pode-se vê-lo de uma outra perspectiva. O rio é a fonte da agua, como o Tao é a fonte de nosso eu interior. Você viu por si mesmo quando colocou a tigela no rio, de modo que insistiu que a agua era a mesma, mesmo quando tentei convencê-lo do contrário." “Quando jogou a agua de volta você viu que a separação entre o rio e a agua era apenas temporária. É a mesma coisa com seu verdadeiro eu. Nossa existência física é a penas uma condição temporária. A verdade eterna é que a nossa natureza mais profunda vem do Tao, e a ele retorna no fim. Quando tudo tiver sido feito e dito, nos e o Tao seremos um.” Da mesma forma que a tigela contém a agua nesta história, temos um corpo físico que contém nosso verdadeiro eu. É útil ter uma tigela, pois nos permite transportar a agua de um lugar para outro. Da mesma forma é útil ter um corpo, pois nos permite experienciar o plano físico como uma parte dele. Tantas vezes nos identificamos com nosso corpo que terminamos apegados a ele, e o consideramos nosso eu. Isto é tão errado quanto confundir a tigela com a agua. A agua continua a ser a mesma, não importa em que recipiente esteja. Da mesma forma seu verdadeiro eu continua sendo o “você” essencial, não importando como o seu corpo mude. Assim como o discípulo aprendeu uma lição importante carregando a agua do rio e levando-a de volta, também aprendemos com nossas experiências e várias jornadas no mundo material. Da mesma forma que a tigela de agua é um objeto independente quando está sendo transportado, podemos nos sentir solitários e isolados enquanto nos movemos na vida, trabalhando nas lições individuais que nos foram destinadas. Este sentimento, reforçado por nossas percepções físicas, pode nos fazer esquecer que somos parte de um eu maior. A tigela não pode conter a agua para sempre. Pode ser derrubada acidentalmente e quebrada em pedaços, ou pode desenvolver rachaduras e quebrar após anos de uso. O nosso corpo físico também não pode durar indefinidamente. Acidentes, ferimentos,doenças ou a idade irão um dia torná-lo inutilizável. A agua tem de retornar ao rio. Mesmo que não seja despejada nele, mas derramada em algum lugar, vai encontrar o caminho de volta para o rio. Da mesma forma, quando o corpo não estiver mais em condições de ser um veículo apropriado, o verdadeiro eu que contém tem de retornar à sua origem. Os religiosos podem chamar esta origem de Deus, os ateus de leis da natureza; nós a chamamos de Tao. Qualquer que seja seu rótulo, é nosso ponto de origem e nosso destino final. Da mesma forma que a agua se unifica ao rio, o verdadeiro eu se unifica com o Tao. É quando percebemos que os sentimentos de isolamento e separação são ilusórios. Eu e você nunca estamos verdadeiramente isolados ou separados da fonte divina da criação universal. Nunca estamos verdadeiramente sós. A Unidade, o Tao que unifica tudo, é a realidade última do verdadeiro eu.
terça-feira, 17 de março de 2009
A dor e o sofrimento
Não se prenda às suas tristezas, contudo não deixe de vivê-las. Nem lá, nem cá. Observe calmamente e saboreie estes momentos, pois se encerra neles, justamente, a oportunidade de crescer e evoluir quanto ao desenvolvimento humano e ascender a condições melhores de sabedoria e amor. Todos queremos o céu, mas esquecemo-nos da trajetória, procurando adiar a caminhada. Dor e sofrimento fazem parte da natureza que habita em nós. São elas as formas pelas quais nos incomodamos e reagimos, e assim damos novos passos. E, mesmo sem perceber, modificamos o que fomos há pouco ou muito. É uma tentativa vã fugir das mudanças.
Vivenciar a dor e o sofrimento com menor receio nos aproxima de nós mesmos, levando-nos ao autoconhecimento, elemento crucial para que vivamos em maior plenitude. Quanto mais nos conhecemos e nos aceitamos, tanto melhor crescemos. Enxergando-nos com honestidade, abre-se a chance de modificar o que entendemos que deva ser modificado. Enganar-se, retarda qualquer modificação de nossa parte. É tarefa difícil compreender que o sofrimento existencial é um componente de nossa dinâmica de se viver, ao contrário, o enxergamos como um castigo, ou uma punição apenas.
Por outro lado, é justo almejar a alegria e o contentamento. Entretanto, é a eles que pretendemos nos apegar, procurando desconsiderar o seu oposto: as aflições. Vivemos a época da busca incontrolável pelo prazer. Busca-se o extremo nesta direção, e isso faz clara oposição a qualquer dissabor. Cria-se muita dificuldade em aceitar o que não faz parte do mundo prazeroso. É claro que se trata apenas de uma ilusão, mas ela tem poderosa força e ganha adeptos em crescente velocidade. São idéias que nos chegam de fora e as incorporamos. Crescemos aprendendo desta forma, e com isso nos tornamos presas fáceis da própria falta de conhecimento acerca de si mesmos, por não permitir o acesso que leva ao conhecimento do mundo de dentro.
Cuidado, não maldiga os momentos em que as aflições estão presentes, e tampouco tente fugir. A recusa implica em atraso, em lentas passadas nas viagens que temos pela frente. Mude aos poucos a percepção a respeito destas condições. Perceba as vantagens que podem ser aproveitadas, ainda mais se aceitarmos a inevitabilidade de ter que passar por estes momentos. Conquiste a calma necessária para lidar melhor mediante os sofrimentos da vida. Conhecer a este respeito já nos oferece uma posição privilegiada.
Com o sofrimento, o choro chega também, e ele traz alívio. É um amigo que conforta, deixando clara a sua missão: expressar o que vem do âmago, e ao mesmo tempo consolar. Se precisarmos reduzir o sofrimento, temos o recurso natural: o chorar. Chore, e lembre-se da sábia frase de Jesus: "Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados".
Confie em si mesmo, nas suas sensações e reflexões. Creia mais nas coisas que emanam de seu interior, elas são legítimas. As alegrias e aflições formam-se dentro de nós, e por esta razão, dizem respeito ao destino que lhes daremos. De que maneira nós as trataremos? É uma decisão particular, que pode até ser dividida e receber apoio, todavia é único o encaminhamento a ser dado.
Os momentos em que nos recolhemos e ficamos introspectivos e mais reservados devem ser aproveitados para uma bela e frutífera viagem interior. Nela, nos permitimos acessar sentimentos e situações diversificadas, como um relacionamento rompido e ainda aberto, um medo mediante certa decisão a ser tomada, mágoa, frustração, etc.
Temer menos a dor e o sofrimento aumenta a capacidade de se superar e aceitar, cada vez melhor, os reveses da vida. Amplia as chances de evolução. Há uma frase que descreve com propriedade as razões da aflição: "Quanto mais numerosos os espinhos, mais belas serão as rosas". Permitamo-nos ao convívio mais abrangente de tantas coisas que ainda não ocupam o espaço necessário e enriquecedor de nossas vidas.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Defumação
A DEFUMAÇÃO |
A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação.
Histórico Sobre a Defumação:
Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito”
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos.
Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos.
Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.
O Que é a Defumação?
Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.
Existem dois tipos de defumação; a defumação de descarrego e defumação lustral.
Defumação de descarrego
Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.
Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos.
Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estes seres.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
E por esse motivo, Deus entregou a Ossãe as ervas que, seriam usadas para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos.
Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua.
Defumação Lustral
Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos.
Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro.
Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do descarrego.
Ervas e Funções:
Abacate | Amor purificação, saúde, felicidade. |
Abre Caminho | Abre os caminhos, atraindo bons fluidos dando força e liderança. |
Acácia | Proteção, contra pesadelos e proteção do sono. |
Açafrão | Purificação, saúde, felicidade. |
Agrimônia | Dissolução de influências negativas e proteção |
Alecrim | Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos. |
Alfafa | Prosperidade, dinheiro, felicidade. |
Alfazema | Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência |
Almíscar | Afrodisíaco, amor. |
Amêndoas | Dinheiro, prosperidade, sabedoria. |
Amora | Saúde, dinheiro, proteção. |
Angélica | Proteção, purificação, saúde, clarividência. |
Anis Estrelado | Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal. |
Arnica | Clarividência |
Arroz | Fertilidade. |
Arruda | Defende dos males, remove o efeito de feitiços, corta correntes negativas. Intensifica a força de vontade auxiliando a pessoa que a usa a realizar seus desejos. Proteção. |
Assa-Fétida | Exorcismo, proteção. |
Babosa | Proteção, sorte e amor. |
Barbatimão | Espiritualidade, purificação. |
Bardana | Saúde, proteção. |
Baunilha | Amor, sedução. |
Beladona | Limpeza de ambientes. |
Benjoim | Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus. |
Calêndula | Proteção, solução de problemas, |
Camélia | Prosperidade, riqueza. |
Camomila | Dinheiro, amor, purificação. |
Canela | Atrai prosperidade. Favorece os negócios, bens materiais, amor, sucesso. |
Cânfora | Desenvolvimento psíquico, clarividência, saúde. |
Cardamomo | Sedução, amor |
Cardo Santo | Cura, defesa, quebra olho gordo. |
Carvalho | Fertilidade |
Cascara Sagrada | Problemas com a justiça. Dinheiro e proteção. |
Cavalinha | Fertilidade. |
Cebola | Proteção, saúde, dinheiro. |
Cipó Caboclo | Elimina todas as larvas astrais do ambiente. |
Cipreste | Longevidade, saúde. |
Colônia | Atrai fluidos benéficos. |
Cravo da Índia | Protege de pessoas mal intencionadas, pensamentos negativos subconscientes. É uma das mais poderosas defumações protetoras. Chama dinheiro e dá força á defumação. |
Dama da Noite | É o incenso do amor. Ajuda a encontrar pessoas com a mesma afinidade. |
Erva Cidreira | Sucesso, amor. |
Erva Doce | Proteção. |
Esterco de Vaca | Para espantar Eguns. |
Eucalipto | Limpeza, energização, cura, saúde, proteção. Atrai a corrente de Oxossi. |
Figueira | Clarividência, fertilidade |
Flor de Laranjeira | Afasta o pânico. Aumenta a segurança e autoconfiança em assuntos emocionais e financeiros. |
Flor de Maçã | Calmante. |
Flor de Pitanga | Atua poderosamente na área financeira. Direciona aquisições materiais e negociações com êxito. |
Folha de Bambu | Afasta espíritos vampiros. |
Freixo | Adivinhação, cura, proteção, prosperidade. |
Gengibre | Dinheiro e sucesso. |
Gerânio | Força e vitalidade, calmante e harmonizante. Alivia tensão nervosa. |
Ginseng | Amor, realização de desejos, beleza, saúde, proteção e poder. |
Girassol | Fertilidade. |
Guiné | Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios. |
Hortelã | Bom para problemas de saúde e equilíbrio emocional. Estimula apetite. |
Incenso | Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos. |
Jasmim | Acalma e ajuda a evitar brigas e desentendimentos, aclara as idéias. Melhora humor, amor, cura. |
Laranja | Amor, dinheiro. |
Lavanda | Cura, amor. |
Levante | Abre os caminhos do ambiente. |
Limão | Amor. |
Lótus | Antidepressivo, usado no trabalho de resgate do equilíbrio de energias, calma e paciência. |
Louro | Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo. |
Madeira | Estimula a razão. Aumenta a concentração necessária ao trabalho, estudo e meditação. |
Madressilva | Desenvolve a intuição e a criatividade, favorece também a prosperidade. |
Manjericão | Amor, purificação espiritual, proteção. Chama dinheiro. |
Maracujá | Paz, amizade. |
Menta | Melhora o estado de atenção. Indicado para dores de cabeça, mas se for usado em demasia pode alterar o sono. |
Mil Folhas | Exorcismo, amor |
Mirra | Facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais, e durante eles. Também é usado quando se vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão |
Morango | Amor, sorte. |
Narciso | Cura, sorte, fertilidade. |
Noz Moscada | Adivinhação, fertilidade. |
Olíbano | Cura, purificação. |
Oliveira | Paz, fertilidade e proteção. |
Palha de Alho | Usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações e maus espíritos. |
Palha de Cana | Atrai melhores condições. |
Patchuli | Cura a apatia, estimula o amor. Diminui a confusão e indecisão. Aguça a inteligência. Clarividência. |
Pinho | Atrair encantos, fertilidade. |
Pó de Café | Contra entidades negativas. Elimina formas pesadas de pensamentos e pesadelos. Benéfica para doentes em recuperação. |
Rosa | Amor, espiritualidade, adivinhação, fertilidade. |
Rosa Branca | Paz e harmonia |
Sabugueiro | Purificação |
Sálvia | Cura, contra feitiços, sabedoria, realização de desejos. |
Sândalo | Amor, adivinhação, purificação. |
Sangue de Dragão | Purificação. |
Sésamo | Ajuda a atrair amigos, clientes e dinheiro. Estimula a criatividade e alegria. |
Trigo | Fartura, dinheiro, fertilidade. |
Urtiga | Exorcismo, proteção, saúde. |
Uva | Fertilidade, dinheiro, fartura. |
Verbena | Afasta a tristeza, negatividade e melancolia, libera de energias negativas trazendo criatividade, desenvoltura, alegria e bom astral. Meditação, amor. |
Vetiver | Aliado para meditação, inspirador e calmante. |
Violeta | Afrodisíaco, meditação, espiritualidade. |
Incenso e “incenso”
Existe uma resina chamada incenso e os “incensos” em varetas.
O Incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. A primeira exudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca.
Como defumar e descarregar sua residência e o seu local de trabalho.
Às vezes sentimos que o nosso lar ou nosso local de trabalho, estão pesados, inúmeras brigas e discussões acontecem a toda hora, nada dá certo, uma impaciência toma conta, do nosso ser. O ar está carregado com partículas de fluídos negativos que aos poucos vai envolvendo cada um, e tornando as coisas mais difíceis.
Temos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estas energias.
O descarrego destrói as larvas astrais, limpando o ambiente das impurezas, facilitando assim a penetração de fluídos positivos.
Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua, que ao final deve ser despachado em água corrente.
Podem-se usar as ervas em sua forma natural, em pó ou em pequenos pedaços moídos, em forma de casca miúda, etc. Para se queimar essas ervas, usa-se normalmente um recipiente chamado turíbulo.
Turíbulos
São recipientes de metal ou barro usados para queimar o incenso.
Na Umbanda, usam-se nas giras ou sessões públicas, o turíbulo como na figura ao lado. Para queimar as ervas usam-se normalmente o carvão vegetal. Lembrando sempre que o carvão vegetal deve estar em brasa e nunca em chamas.
A quantidade de incenso que queira queimar deve ser proporcional ao tamanho da sala e ao número de pessoas presentes. Para isso somente através da experimentação descobriremos a quantidade certa. No caso da defumação, é melhor pecar pela escassez, pois assim poderemos ir adicionando um pouco mais conforme a fumaça for diminuindo, do que acrescentar e sufocar pelo excesso (e isso pode ser até perigoso).
Como Defumamos o Terreiro:
Começamos nos defumando ainda com as cortinas ainda fechadas, não esquecendo de defumar nossos fios de conta (guias) antes de coloca-las no pescoço.
Primeiro defumamos o gongá; em seguida os atabaques e a coluna energética; depois se cruza o terreiro de um canto até o seu oposto, em diagonal; depois defuma-se a assistência.
Por fim são defumados os demais pontos vibracionais do terreiro (caboclo, cruzeiro, etc.), sendo o turíbulo deixado junto ao portão no final da defumação.
Durante todo o processo a pessoa que defuma é acompanhada por outra que leva um copo de água, que ao final é despachada e substituída por água limpa.
Ingredientes do Nosso Defumador (SEMAV):
A base são os seguintes elementos:
Alecrim | Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos. |
Alfazema | Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência |
Benjoim | Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus. |
Mirra | Facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles. Também é usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão |
Incenso | Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos. |
Às vezes acrescentamos uma ou mais das ervas abaixo:
Louro | Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo. |
Anis Estrelado | Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal. |
Palha de Alho | Usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações, Afasta maus espíritos. |