sábado, 7 de março de 2009

Fluidos

FLUIDOS

Hoje, temos bem claro que há duas concepções distintas: mundo dos elementos materiais que rege a vida carnal e mundo inerente aos elementos espirituais que rege a vida espiritual.

A ciência dos homens aprofundou-se no estudo científico do mundo material, buscando explicar os seus elementos, suas composições, suas transmutações e conseqüências. O homem encarnado recebeu da Natureza um conjunto de percepção extremamente necessário, que brinda os seus cinco sentidos: olfato, paladar, visão, tato e audição. Esses instrumentos são úteis para a inserção do homem encarnado no mundo material. O que o homem “percebe” passa a ser de seu campo de conhecimento, de sua exploração e experiência. Assim a ciência foi desvendando certos fenômenos do mundo material.

Esse conjunto sensorial nem sempre faz efeito no que tange às coisas, aos elementos do mundo espiritual, próprios do espírito e não da matéria bruta.

Há, contudo, o extra-sensorial, destacando-se, por exemplo, a vidência, a intuição, premonição, que são meios para o homem carnal perceber que existe um sistema de vida paralelo muito mais sutil, amplo e dinâmico.

Nesta pequena introdução podemos ressaltar que, pela própria constituição do homem carnal, a pesquisa direcionou-se para as leis naturais ao tentar desvendar os fenômenos físicos. Já as explicações dos fenômenos das ações do elemento espiritual, ficam a desejar como objeto de pesquisa pela ciência.

Pela precariedade de entendimento da humanidade carnal, quase tudo o que não se conseguiu desvendar pela ciência permaneceu nos campos do milagre e do maravilhoso.

Para reverter a perversa situação de ignorância, vêm os

Espíritos evoluídos com a cabal missão de nortear os questionamentos terrestres, fornecer explicações que dão conta que o fluido cósmico é a matéria elementar primitiva.

Podemos afirmar que toda a criação de Deus está interligada, envolvida, ou mesmo grande parte constituída desse fluído elementar.

Precariamente, para dar um exemplo simplório, é como se estivéssemos (tudo e todos) como formigas presas num imenso “melaço”. O fluido cósmico universal é a matéria elementar primitiva, ou seja, é a consistência do elemento primitivo criador.

No desenrolar das tentativas explicativas esperamos que a questão fique mais clara.

Conclamamos a todos que busquem romper os parâmetros e conceitos próprios do mundo material para, livres, pesquisarem as coisas do mundo espiritual.

Fluido cósmico universal apresenta distintos momentos, podendo ser:

Eterização (tornado fluido que não se pode avaliar). .

Esta fase considera-se seu estado normal primitivo. Este estado pertence ao mundo invisível.

Materialização (que se pode ponderar, examinar e considerar). .

Esta segunda fase, se é que podemos chamá-la assim, é conseqüente da primeira; segue-a naturalmente. Considera-se este estado pertencente ao mundo material, tangível e visível.

A vida espiritual e a carnal estão intimamente envolvidas; os estados fenomênicos destas duas ordens apresentam-se muitas vezes simultaneamente. Contudo, o homem encarnado só percebe os fenômenos da natureza material ligados à vida corporal; os exclusivos da vida espiritual escapam-lhe aos sentidos. Só podem ser percebidos no estado espiritual.

Fluido cósmico em estado de eterização não é uniforme. Sem mudar sua essência modifica-se inúmeras vezes, muito mais que no estado de matéria tangível.

Estas transformações constituem fluidos distintos que, oriundos do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais. Dão lugar aos fenômenos pertencentes ao mundo invisível.

Para os homens encarnados há o contato pelos sentidos dos fluidos tangíveis, materializados, de substâncias do mundo terrestre. Para os seres espirituais, no entanto, há o contato pelos sentidos dos fluidos inerentes ao mundo espiritual.

Muitas das maneiras como se processam as coisas do mundo espiritual, reservada as diferenças intrínsecas, são parecidas com o mundo material. Por exemplo: os seres encarnados, ou as leis naturais manuseiam e combinam os elementos físicos, químicos e orgânicos para produzir efeitos determinados. Os espíritos também manuseiam, elaboram e combinam (segundo o grau de entendimento e adiantamento evolutivo) os elementos fluídicos para produzir determinados efeitos.

Chamamos a atenção que os fluidos do mundo material são de propriedades totalmente diferentes daqueles do mundo espiritual. São distintos, embora a origem tanto de um como de outro esteja no fluído cósmico universal, com grau de pureza absoluta.

Somente é dado aos Espíritos mais esclarecidos saber dos elementos constituintes de seu planeta. Assim como acontece com os pesquisadores e cientistas do mundo carnal.

Do ponto primeiro do fluido universal, puro, vai-se ao ponto extremo que é a transformação em matéria tangível. Neste percurso existem inúmeras transformações pela seqüência, perto uma das outras. Esses fluidos, segundo sua natureza, são usados pelos seres espirituais ou encarnados para as necessidades de suas existências.

Esclarecemos que o termo fluidos espirituais, a rigor, não está correto, pois o fluido é sempre matéria ainda que gêneros diferentes. De fato o que é, na essência, realmente espiritual é a alma (princípio inteligente).

Em resumo, podemos afirmar que os fluidos, como um todo, servem para suprir as necessidades do Espírito. Formam-se envoltórios corpóreos, moradas, alimentos e elementos diversos para satisfazer as exigências da existência.

Espírito, princípio inteligente, obedecendo às leis cósmicas e particulares de cada estágio de mundo, serve-se então desses fluidos com características diferenciadas.

Destaca-se o perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, como um produto de enorme importância do fluido cósmico.

É a condensação desse fluido que envolve o foco de inteligência ou alma.

Corpo carnal tem igualmente princípio nesse mesmo fluido transformado e condensado em matéria tangível. Ambos são matéria ainda que sob estados diferentes.

Para cada mundo particular a ser habitado, o

Espírito forma (elabora) o invólucro apropriado, ou seja, sua vestimenta apropriada, constituído dos elementos tirados desse ambiente específico. Para cada mundo específico, invólucros específicos. Ao mudar-se de morada planetária, deixa-se também para trás suas vestimentas pertinentes.

Trânsito no cosmo está subordinado ao grau da ordem evolutiva do Espírito. Sendo o perispírito o veículo necessário para a sua permanência e vivência num determinado mundo, somente com a autodepuração, com a conquista do mérito e grau de conhecimento o Espírito poderá evoluir ou estacionar na escalada da supremacia de sua moral. Por isso não se consegue pulular de planeta em planeta à vontade.

Perispírito é formado com elementos fluídicos próprios do mundo onde se encarna e segundo a própria natureza do Espírito.

Corpo carnal daqueles que se encarnam na Terra, vindo assim habitá-la, é igualmente formado dos mesmos elementos, sem levar em conta a preparação do Espírito. Já os perispíritos são diferentes uns dos outros. É decisiva a superioridade ou inferioridade daquele que o forma.

Espírito tira de seu perispírito os materiais sobre os quais opera. Esses fenômenos especiais são perceptíveis e corriqueiros para ele.

O Ser encarnado não se apercebe desses fenômenos, pois não são próprios de sua estrutura sensorial. Somente quando o Espírito molda esses fluídos em grau de materialidade suficiente é que o Ser encarnado pode “enxergar” a tangibilidade da obra criada. Daí as visões belas ou medonhas que as versões populares ditam. Essas criações são em outras palavras: fotografias do pensamento.

Os fluídos espirituais são os meios de propagação do pensamento irradiado por um princípio inteligente. Assim como no mundo material, o ar serve para propagar o som, irradiado em moléculas.

O Ser espiritual, quando por qualquer razão, volta a um determinado planeta onde habitou anteriormente, mesmo que por diferentes épocas, o seu perispírito toma a forma (a “sombra”) corpórea da última vez, ou conforme for a necessidade do cumprimento de um propósito, de uma missão ou tarefa.

Por isso se diz: “no além não há segredos”. Diferentemente do homem encarnado que esconde suas intenções e pensamentos, o ser espiritual expõe (projeta) suas intenções e criações em seu próprio perispírito. Torna-se assim fácil leitura.

Nem tudo é dado saber ao Espírito. Os mais brutos e atrasados não conseguem per si saber o que se passa com os evoluídos em esferas superiores, mas o contrário é certo.

Esses fluidos tornam-se límpidos, etéreos, benéficos quanto maior for a pureza da fonte irradiadora. Passam um sentimento de paz, amor, harmonia, caridade e quando de fonte pervertida e desequilibrada passam vibrações de ódio, revoltas, violência, de pesadas conseqüências.

Ressalta-se que o perispírito é próprio do Espírito, sendo este encarnado ou não.

O perispírito recebendo as projeções mais íntimas de seu “hóspede” poderá passar saúde ou doença, liberdade ou escravidão, paz ou depressão, mais nitidamente quando no corpo carnal.

Há muito que se pesquisar sobre “aparições”, “curas”, e outros títulos inerentes aos fluidos.

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