quinta-feira, 10 de julho de 2008

Características Básicas de uma Experiência Extracorpórea

As características de uma experiência fora do corpo são virtualmente inexplicáveis para aqueles que não a experimentaram, dadas as diferenças que a mesma apresenta relativamente à vida consciente normal. Fica muito difícil para uma pessoa que não se projeta para fora do corpo e, consequentemente também não voa, não atravessa paredes e nem se encontra com seres extrafísicos, entender a mecânica desses processos projetivos. No entanto, uma amostragem de comentários de algumas pessoas que se projetaram involuntariamente e que responderam a um inquérito, realizado na década de 1960, pela parapsicóloga inglesa Celia Green, permite formar uma idéia do que essa experiência significou para elas: "Estou desincorporado, mas num espaço confinado que tem dimensões e localização definidas." "A realidade era o meu ego flutuante, e os objetos embaixo pareciam sombras contra a realidade do meu ego flutuante." "A parte de mim que estava fora do meu corpo era o meu verdadeiro "EU", tal como eu o conhecia, a parte que vê, pensa e sente." "Sentia-me bastante calmo e despreocupado, e pensava: É então assim que eu pareço. A sensação em nada se compara como olhar para um espelho." "Não era nem estranho e nem assustador; de fato, se há uma reação, é a de nos sentirmos superiores." "Nunca, até então, estive tão completamente acordado ou experimentei uma sensação de liberdade tão maravilhosa." "Repentinamente, senti-me inundado da maior alegria e felicidade. Experimentei uma liberdade intensa." "Sobreveio-me o pensamento: Se me desvio deste local, como é que encontro o caminho de regresso?" "O ego liberto sentia-se absolutamente maravilhado, muito leve e imbuído da mais maravilhosa vitalidade, efetivamente melhor do que jamais me sentira ou depois me senti." "Já não tinha qualquer interesse pelo meu corpo físico, ou sequer pela minha vida física. Apenas queria prolongar esse estado feliz de estar onde tudo era mais brilhante, vivo e real do que qualquer outra coisa que anteriormente conhecera." No seu artigo "Out-of the Body Experiences" (Experiências fora do corpo), Charles T. Tart descreve algumas características da projeção: "Elas ocorrem em casos de doenças graves, em situações de morte iminente e, por vezes, graças à meditação. As pessoas que deixaram os seus corpos referem-se ao fato de terem pairado perto do teto e de terem visto o seu corpo, ao mesmo tempo que sentiam um grau normal de consciência. Outras falam de terem visto entes queridos ou seres de luz e da não existência de barreiras materiais. Todas elas estão convencidas de que suas experiências foram reais e não fruto de um sonho. Estas características são idênticas às experimentadas por aqueles que estiveram quase a morrer ou que foram dados como clinicamente mortos".

Nenhum comentário: