quinta-feira, 10 de julho de 2008

A Projeção e Alimentação

Uma das questões mais controvertidas dentro do estudo da Projeciologia é a que se refere à influência da alimentação na projeção. Alguns pesquisadores afirmam que a alimentação carnívora é a melhor para o projetor, enquanto outros sustentam a opinião de que a alimentação vegetariana seria a ideal. Esta questão, na verdade de importância irrisória dentro do contexto projetivo, tem causado discussões acirradas entre os pesquisadores e grandes dúvidas aos projetores iniciantes que, não sabendo ao certo quem está com a razão, acabam sendo prejudicados no desenvolvimento sadio de suas experiências extracorpóreas. Por exemplo, se um pesquisador renomado escreve que a alimentação carnívora favorece a projeção, essa sua opinião pode influenciar negativamente muitos de seus leitores que são projetores iniciantes e emprestam grande crédito às suas afirmativas. Influenciados por essa assertiva do autor, alguns desses projetores iniciantes, que são vegetarianos, podem entrar num recesso projetivo ou até mesmo num bloqueio projetivo permanente, devido ao constrangimento e decepção que essa informação lhes causou. Assim, um projetor vegetariano que estava começando a realizar projeções de bom nível, ou estava na iminência de realizá-las, pode ficar tolhido pelo seguinte pensamento: "Se aquela grande autoridade no assunto afirmou que a alimentação carnívora favorece a projeção e eu sou vegetariano, provavelmente, não conseguirei me projetar satisfatoriamente ou terei bastante dificuldade para fazê-lo". Se a afirmação do autor fosse o oposto, isto é, a de que a alimentação vegetariana favorecesse a projeção, provavelmente observaríamos o seguinte pensamento na mente dos projetores iniciantes que fossem carnívoros: "Se aquela grande autoridade no assunto afirmou que a alimentação vegetariana favorece a projeção e eu sou carnívoro, provavelmente não conseguirei me projetar satisfatoriamente ou terei bastante dificuldade para fazê-lo". Como se observa por esses dois exemplos, a opinião de algum autor, pesquisador, médium, projetor ou mestre de alguma filosofia, pode influenciar negativamente o projetor inexperiente. Infelizmente, a maioria daqueles que opinam a respeito dessa questão, o faz não de maneira desapaixonada, mas sim de maneira passional e sectarista, baseado acima de tudo em suas crenças pessoais, sem analisar tecnicamente os fatos. Dependendo da simpatia que o pesquisador tenha por alguma filosofia ou religião, naturalmente que sua opinião sobre o assunto será tendenciosa e revestida de conotações místicas e doutrinárias. Sobretudo nos pesquisadores de cunho orientalista, nota-se claramente a tendência de valorizar exageradamente a influência da alimentação na projeção. Em sua quase totalidade, esses pesquisadores defendem o regime vegetariano para a obtenção de bons resultados no desenvolvimento projetivo. Já os pesquisadores ocidentais têm a tendência de valorizar demasiadamente uma alimentação mais substancial, no caso, o regime carnívoro, para a obtenção de bons resultados na projeção. Existem pesquisadores, tanto ocidentais quanto orientais, que chegam mesmo a relacionar alimentos que, segundo eles, podem favorecer ou dificultar a projeção. Para que o leitor tenha mais dados sobre esta questão, relacionamos alguns dos alimentos considerados projetivos ou antiprojetivos por diversos pesquisadores: Projetivos: ameixas, cenouras, vegetais, ovos crus, líquidos e frutas em geral. Antiprojetivos: carnes de qualquer natureza, coca-cola, chocolates, café, erva-mate, nozes, amendoim, cocos, castanhas e derivados do álcool em geral. Até o momento, não há qualquer comprovação técnica a respeito das características projetivas ou antiprojetivas desses alimentos relacionados e nem de nenhum outro.* É óbvio que toda essa questão está envolvida em superstições e fanatismos e é preciso desmistificá-la, para que o projetor iniciante faça uma análise correta e não tenha mais dúvidas. Nas pesquisas que efetuamos, tanto através de consultas em obras especializadas como através de projeções realizadas, verificamos que a influência da alimentação na projeção é irrisória. Não é o que o projetor ingere ou deixa de ingerir que favorecerá ou dificultará a projeção, mas sim a hora em que ele ingerir a alimentação e a quantidade. Provavelmente, algum leitor mais radical nessa questão, seja carnívoro ou vegetariano, ficará contrariado com essa afirmativa, mas ela é fundamentada em alguns argumentos bastante sensatos e de fácil constatação. Primeiro, para que a projeção se realize, é necessário que o corpo físico esteja bastante relaxado, isto é, em "estado de passividade fisiológica", como no sono. É claro que toda regra tem exceções, como nos casos em que projetores, principalmente sensitivos desenvolvidos, projetam-se espontaneamente para fora do corpo físico durante uma caminhada em plena rua ou até mesmo guiando um veículo, o que, sem dúvida, não é um fato comum. Durante o sono normal, há uma redução natural dos processos fisiológicos. O metabolismo, que é o conjunto de transformações biológicas pelos quais se processa a assimilação e desassimilação das substâncias vitais no organismo físico, sofre uma queda acentuada. As atividades cardíacas, respiratórias e digestivas são realizadas mais lentamente. Em suma, durante o sono, o corpo físico está "passivo", o que favorece a projeção do psicossoma para fora de sua prisão de carne. Qualquer situação geradora de atividade fisiológica durante o sono causa obstáculos à projeção astral. Um alimento ingerido pelo projetor imediatamente antes de se deitar, seja de que tipo for, é antiprojetivo, pois causa atividade digestiva. Por exemplo, suponhamos que o projetor faça uma refeição composta de arroz, feijão e carne bovina, ou arroz, feijão e carne vegetal (soja), ou mesmo ovos com batatas fritas, trinta minutos antes de se deitar. E óbvio que ingerindo qualquer uma dessas três refeições, ele estará criando atividade digestiva, o que, conseqüentemente, lhe causará obstáculos para se projetar. O ideal seria o projetor não ingerir alimentação de tipo algum, pelo menos duas horas antes de se deitar. O ditado popular bem diz: "Quem dorme de barriga cheia, acaba tendo pesadelos". Segundo, também os animais, tanto os carnívoros quanto os herbívoros, projetam-se para fora de seus corpos físicos, o quê, sem sombra de dúvida, deixa claro que o tipo de alimentação não influencia no processo projetivo. Terceiro, nas milhares de obras publicadas em diversos idiomas sobre a projeção da consciência, o leitor encontrará inúmeros relatos de experiências fora do corpo realizadas por projetores carnívoros e vegetarianos, o que demonstra claramente que a influência da alimentação na projeção é irrisória. Para finalizar o assunto, devo esclarecer que faço projeções desde os quinze anos de idade, alimentando-me normalmente de carnes e derivados, bem como de vegetais e produtos naturais como mel, arroz, macarrão e pães integrais, e não tenho observado nenhum tipo de empecilho que seja originário de hábitos alimentares. Há alguns anos que não me alimento de carne vermelha e não tenho notado alterações nas projeções, nem contra e nem a favor. Convém esclarecer que esse tópico sobre a influência da alimentação** na projeção foi incluído nesse livro com a finalidade de desmistificar o assunto e deixar os projetores iniciantes, tanto carnívoros como vegetarianos, livres desse tabu e prontos para realizarem a projeção. Não abordamos esse assunto com intenção de criar polêmica com ninguém. Nossa função é esclarecer as questões referentes à projeção e procuramos fazer isso de maneira racional e coerente, baseando-nos em análises técnicas e em pesquisas criteriosas, tanto físicas quanto extrafísicas. Procuramos fundamentar nossas observações através de argumentos lógicos, como o leitor deve ter observado neste tópico, e não em afirmações radicais e dogmáticas, coisa que, aliás, é característica de místicos e fanáticos diversos, que perdem muito tempo discutindo a questão da influência da alimentação na projeção, quando na verdade deveriam estar procurando projetar-se conscientemente para fora do corpo físico. Se assim o fizessem, estariam realmente buscando a maturidade espiritual e, conseqüentemente, melhorando sua manifestação nos planos físico e extrafísico. Não é o que se ingere ou o que se deixa de ingerir que faz a consciência evoluir, mas sim o que a pessoa pretende, pensa e realiza na vida. A saúde do corpo físico é importante. A saúde da consciência é vital. Assim, que cada projetor se alimente da melhor maneira que lhe aprouver, pois o importante mesmo, e que influencia a projeção de forma decisiva, é o estudo, a determinação e a vontade inquebrantável de cada um em se projetar. * Ver no "Viagem Espiritual"a opinião de Ramatís a esse respeito (pág. 191-193). * Sou amplamente favorável à alimentação vegetariana e estou trabalhando e me disciplinando para alimentar meu corpo de maneira mais leve. Porém, não sou favorável a radicalismos de espécia alguma. Por isso, devo lembrar ao leitor que Adolf Hitler era vegetariano e, no entanto, detonou a Europa. Também Madona e os integrantes do conjunto de rock Black Sabbath são vegetarianos convictos e nem por isso portam espiritualidade alguma.

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