terça-feira, 15 de julho de 2008

Universalismo e Cosmoética

Para fazer projeções de bom nível, o projetor deve ter uma ética muito grande. Existe a ética humana e existe a cosmoética, que é uma ética extrafísica, espiritual, de nível mais avançado, onde o projetor deverá estar bem intencionado, sabendo o que irá fazer com as informações que obtiver a respeito da projeção, usando-as com discernimento e coerência para crescer consciencialmente e ajudar os outros. Conhecimento implica em responsabilidade e sair do corpo não é brincadeira e nem "turismo extrafísico". Se o projetor deseja ajuda dos amparadores, deve sempre ter em mente dois objetivos muito importantes para com o desenvolvimento da experiência: o desejo sincero de adquirir conhecimentos fora do corpo e o desejo de prestar assistência extrafísica, que pode ser ministrada para doentes desencarnados e encarnados. Portanto, é muito importante se ter cosmoética para fazer a projeção, pois se a intenção do projetor for aprender fora do corpo e ajudar os outros, ele terá a ajuda de espíritos amigos (amparadores) durante a experiência. Entretanto, se o projetor tentar se prevalecer da invisibilidade e da intangibilidade do psicossoma, durante a projeção, para invadir a privacidade dos outros ou tentar prejudicar alguém, acabará prejudicando a si próprio, pois sua intenção negativa atrairá espíritos densos, também com intenções negativas, que o perturbarão. Além da cosmoética, o projetor deve ter também um universalismo bastante avançado, porque a projeção não admite idéias pequenas, nem ortodoxias e tampouco hipocrisias. Diante do mundo espiritual e das consciências desencarnadas, o projetor não conseguirá esconder de ninguém o que ele é e o que pensa. O psicossoma é um veículo de manifestação que reflete o que a consciência é realmente. É o retrato vivo da consciência, com suas qualidades e defeitos. O projetor não deve alimentar nenhum tipo de preconceito, seja ele racial, social, político ou religioso, pois a projeção amplia os horizontes da consciência e o coloca de frente consigo mesmo. Porém, se o projetor possuir uma mente fechada e preconceituosa, só irá perceber fora do corpo aquilo que ele acredita ou aceita. Então, constatará apenas "meias verdades", pois o plano astral apresenta muitas ilusões e formas mentais e o indivíduo pode correr o risco de ficar preso a isso. Podemos citar o exemplo do racista, o indivíduo branco, preconceituoso, que deseja sair do corpo. Certo dia ele sente energias interpenetrando-o e percebe que elas vêm de um amparador evoluído, que está presente com a intenção de tirá-lo do corpo. Projetado, ele percebe que esse amparador é um negro desencarnado, que mantém a forma de seu psicossoma conforme sua última encarnação como negro. Desconsertado, o indivíduo retorna para seu corpo imediatamente. O sentimento de racismo e sua mente fechada impediram que ele progredisse na projeção. Da mesma forma, podemos citar o exemplo do religioso ortodoxo que o amparador tirou do corpo para ajudar uma criança, e o mesmo descobre, consternado, que essa ajuda deverá ser feita num terreiro de cultos afro-brasileiros. Negando-se a prestar assistência, na recusa de entrar no local, o projetor retorna à base física. Esses são alguns exemplos que mostram porque o candidato a projetor deve ter a mente aberta, racional. No plano extrafísico evoluído não existem preconceitos: todos são iguais, predominando o universalismo e a cosmoética. Entretanto, se o indivíduo for preconceituoso, escrupuloso, os amparadores não se interessarão em tirá-lo do corpo, pois será uma pessoa mais difícil de cooperar. Além do mais, ele atrairá, com seus preconceitos, espíritos obsessores. Vale dizer que as pessoas ortodoxas e radicais são como múmias conscienciais carcomidas pelo tempo, que têm medo do progresso que sacode a poeira multimilenar que está lá dentro. Na verdade, o progresso os faria sair da fossilização consciencial em que se encontram, pois essas individualidades são verdadeiros "fósseis vivos".

Nenhum comentário: